SETOR DE ÓLEO E GÁS DEVE ABRIR MAIS DE 50 MIL VAGAS POR ANO ATÉ 2015
Entre os desafios do setor de óleo e gás, o déficit de mão de obra capacitada parece estar entre os mais evidentes. A falta de pessoal qualificado ocupa o topo da lista de necessidades das pequenas e médias empresas, nacionais e internacionais. Tendo em vista esse problema, que já é tido como grave entrave para maiores taxas de crescimento da economia, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu a campanha “Vamos Nessa: o Brasil Precisa de Você”. O intuito foi divulgar os principais programas voltados para o abastecimento de trabalhadores do setor, como PRH-ANP, Prominp, PFRH, Ciaga+Ciaba, Ciência sem Fronteiras, para os níveis fundamental, médio e superior. O Superintendente de Comunicação e Relações Institucionais da ANP, Durval Carvalho de Barros, responsável pela campanha, conversou com o repórter Rafael Godinho e contou que, somente em relação ao nível técnico, devem ser criadas 50 mil vagas por ano até 2015.
Qual é o foco da campanha “Vamos Nessa: o Brasil precisa de você”?
A campanha atual teve como objetivo chamar a atenção da juventude para as profissões do petróleo. Não só porque tem bom nível de remuneração, mas porque é bom para as perspectivas do país, que precisa suprir essas necessidades. Outro atributo interessante sobre essas profissões é que elas dependem muito da ação e da tecnologia. Elas se diferenciam da rotina burocrática, por isso o foco no mercado jovem.
Quando começou a campanha?
A campanha em si começou no dia 22 de julho e terminou no dia 4 de agosto. Foram utilizados anúncios na televisão e propaganda nas salas de cinema; foi criado um site, com interseção em redes sociais; e utilizamos também mídias externas, como telas em metrô. Só na televisão, alcançamos audiência de 67 milhões de pessoas. No cinema, em torno de 2 milhões. A campanha atingiu o objetivo inicial, percebendo o interesse dos jovens.
Os cursos de capacitação propriamente ditos não são oferecidos pela ANP, que apenas incentiva. Em que consiste esse incentivo?
A ANP, em sua regulação, cria mecanismos de financiamento desses cursos, de forma que sem as regras da ANP eles não poderiam acontecer. Então, são cinco programas de ensino que são possíveis graças a mecanismos de financiamento. Por exemplo, o PRH-ANP (Programa de Recursos Humanos da ANP) é um programa de bolsas e recursos financeiros para as instituições que dão a bolsa, com recursos dos royalties. São cursos em áreas tais como Geologia do Petróleo, Direito do Petróleo, Engenharia Elétrica. A ANP indica para as universidades as tendências tecnológicas industriais, possibilitando a adequação dos cursos a essas necessidades.
Que importância tem, para o Brasil, a captura e a capacitação de mão de obra no setor de óleo, gás e biocombustíveis?
É essencial. A falta de mão de obra é um problema mundial, não apenas brasileiro. Um importante desafio a ser superado no Brasil, para viabilizar a expansão da área exploratória, é ter a mão de obra capacitada. A forma de enfrentá-lo é preparar o profissional. No país, o mercado de óleo e gás tem perspectiva de dobrar a produção até 2020. Haverá um número muito maior de plataformas, navios de transportes, barcas de apoio, dutos etc. As próprias refinarias serão mais avançadas.
Até o momento, há alguma projeção para a demanda de vagas?
Até 2015, somente no nível técnico, deverão surgir 50 mil por ano. A própria ANP vai abrir concurso público em breve, para 150 vagas. Entre elas, 115 para Especialistas em Regulação, 15 para Geologia e 22 para Analistas Administrativos.
A que se deve essa carência de mão de obra no setor de óleo e gás?
Há vários estudos sobre isso. A maioria deles indica haver uma razoável oferta de mão de obra com idade acima de 55 anos e outra com idade abaixo de 35. Então, há uma lacuna entre 35 e 55 anos. Alguns especialistas explicam que o petróleo enfrentou um momento de preço baixo no mercado internacional e isso não interessou a juventude durante um tempo. O fato é que há um menor número de profissionais de petróleo.
Qual é a base de remuneração dos profissionais do petróleo?
Sobre isso, há as grandes petroleiras, médias e pequenas, por exemplo, assim como há as fornecedoras de vários portes, multinacionais e nacionais. Então, há uma diversidade de empregadores, o que varia a remuneração. O que se pode dizer é que o nível de remuneração é certamente superior ao de outros setores, inclusive dentro do próprio segmento de engenharia.
Quais as áreas do setor de óleo e gás mais deficientes de mão de obra?
Analisando o setor, as maiores expansões têm acontecido no setor de exploração e produção. Mais adiante, acreditamos que o setor de refino também vai demandar muito mais mão de obra qualificada. Na atual etapa, de construção de refinarias, tem sido usada mais a mão de obra da construção civil, por enquanto.
Infelizmente, não consigo entender o que é mão de obra qualificada para os empresários, pois existem vários “TECNÓLOGOS EM PETRÓLEO E GÁS”que estão boiando no mercado, queria uma explicação o porque do não aproveitamento deste tipo de profissional no mercado de trabalho.entre tanto os paises de primeiro mundo utilizam como prioridade.
Infelizmente,não e só falta de profissionais no mercado.Gente qualificada tem o difícil e entrar no ramo offshore ou onshore exemplo,eu tenho esses cursos e estou a 1 ano tentando entrar no mercado. Cursos de Qualificação:Cbsp,Huet,Abraman,Irata1,Clp,Instrumentação e Controle,Nr10,Nr33,Técnico em Elêtrotécnico e Cursando Inglês no Brasas.
Tenho varias dúvidas, tenho cursos voltado para área do petróleo estou para iniciar um tecnólogo em petróleo e gás,mas tenho medo de correr o risco de ficar com curso parado,dependendo da cidade é difícil o acesso com cursos técnicos e superiores na área petrolifera, estou á procura ja faz 2 anos,esse mercado é muito difícil a entrada o que posso fazer.