SIEMENS DO BRASIL ESPERA UM ANO INTENSO DE NEGÓCIOS NO SETOR DE ÓLEO DE GÁS COM MUITAS OPORTUNIDADES
Na semana em que encerraremos o Projeto Perspectivas 2020, vamos começar trazendo as opiniões de Christian Schock, líder do setor de óleo e gás da Siemens no Brasil. Por suas posições, identifica-se um imenso otimismo para este ano, com novos negócios que envolverão a empresa em vários projetos. Ele diz que a Siemens acompanha de perto o desenvolvimento de produtos, soluções e planos estratégicos com seus parceiros. E revela que “Nossos produtos e soluções incluem desde serviços de engenharia e análise de viabilidade, passando por equipamentos de alta eficiência, com combustíveis renováveis e de baixas emissões de carbono”. Vamos saber suas opiniões e como a Siemens está se preparando para enfrentar os vários desafios que vê para 2020:
– Como viu o seu setor no ano de 2019 ?
Na minha perspectiva, o ano de 2019 foi muito positivo. Os leilões ocorridos em novembro tiveram muito sucesso na atração de capital para o Brasil e irão oferecer oportunidade a milhares de empresas brasileiras, além da geração de empregos direta e indireta. O que observamos também nos últimos meses foram os leilões de blocos terrestres incluindo foco em gás, nos quais também foram investidos milhões de dólares por inúmeras empresas nacionais e estrangeiras. Da mesma forma que no off-shore, esses investimentos trarão benefícios volumosos ao país, seja na monetização direta destes recursos ou no benefício indireto de arrecadação, infraestrutura do país e mudança da matriz energética.
– Qual é a sua expectativa para 2020 ?
– Estamos muito otimistas para 2020. No Brasil, as perspectivas são ainda mais promissoras para o setor de petróleo e gás, principalmente por conta da entrada cada vez maior de IOCs (International Oil Companies) para investimentos off-shore e também no foco da Petrobrás na monetização das jazidas do pré-sal, resultando em um volume interessante de FPSOs em lançamento.
No que diz respeito ao setor de gás, o que estamos vendo é um cenário de maturação, no qual ainda estão ocorrendo debates. Além das reservas em terra, o Brasil deixa de monetizar milhões de dólares ao dia reinjetando gás nos campos off-shore. Assim, observamos a indústria se preparando para desenvolver o transporte, a geração e distribuição de gás enquanto o governo desenvolve a regulação.
A Siemens acompanha de perto esta preparação desenvolvendo produtos, soluções e planos estratégicos com parceiros. Nossos produtos e soluções incluem desde serviços de engenharia e análise de viabilidade, passando por equipamentos de alta eficiência, com combustíveis renováveis e de baixas emissões de carbono, até a garantia de disponibilidade em fornecimento de energia “as-a-service”.
Para 2020, a Siemens O&G atuará diretamente em fornecimento de equipamentos de geração e compressão para campos do pré-sal, através de contratos existentes. Além disso, iremos auxiliar nossos parceiros a criar os melhores designs para soluções em upstream, midtream ou downstream, utilizando engenharia, produtos, serviços, digitalização e soluções combinadas usando o vasto portfólio da Siemens. Há diversas oportunidades no mercado para 2020, e a Siemens pretende manter sua liderança em inovação no mercado de energia, mantendo forte presença no mercado local.
– O que gostaria de sugerir para que seu segmento de negócios fosse mais ativo?
O mercado brasileiro tem buscado mais segurança jurídica, previsibilidade dos investimentos e proteção aos investidores. Dentro desse cenário, vejo como positiva a regulação do mercado de gás e a intenção de novos leilões de on-shore e off-shore. Para os leilões off-shore, acredito que tanto o regime de partilha quanto o de concessão possam passar por ajustes como a definição de royalties de acordo com preços e rentabilidade, a criação de faixas de excedentes adequadas ao valor atual do barril de petróleo, a utilização de bônus para excedente de conteúdo local, etc. Modificações deste tipo, alinhadas a uma desburocratização e manutenção de regulamentação, podem tornar as ofertas mais competitivas.
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