SIEMENS ENERGY COLECIONA IMPORTANTES NEGÓCIOS EM 2021 E PROJETA OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO EM 2022
Começando a caminhar para seu segundo ano de vida, a Siemens Energy já coleciona importantes feitos e negócios no Brasil. A empresa anunciou recentemente que foi escolhida para fornecer toda a ilha de energia da usina termelétrica GNA II, atualmente em construção no Porto do Açu, no norte do estado do Rio de Janeiro. Além disso, a companhia fez a entrega de um pacote de geração, transmissão e gerenciamento de energia para a Bracell. Para falar desses feitos e de projeções para o futuro, o nosso entrevistado de hoje (21) do Projeto Perspectivas 2022 será André Clark, Vice-Presidente Sênior para o hub América Latina da Siemens Energy e General Manager da companhia no Brasil. O executivo afirma que vê o novo ano com muito otimismo. “2022 será um ano interessantíssimo do ponto de vista de crescimento, com muitas mudanças por vir, desafiadoras em alguns aspectos, mas também de grandes oportunidades”, avaliou. O entrevistado sugere ainda que o governo assuma um papel de impulsionador da transição verde em larga escala na economia. “Iniciativas como a regulação e implementação de um mercado nacional de carbono e incentivos à aplicação das melhores práticas da indústria nas atividades reguladas de petróleo e gás, podem criar novas cadeias de valor com selo verde, aumentando a nossa competitividade global”, disse.
Como foi o ano de 2021 para o senhor e a sua empresa?
Na Siemens Energy, completamos um ano de existência com o foco de endereçar a demanda para uma transição energética limpa e segura, pautada pelas questões ambientais urgentes que a sociedade pede. Tivemos nosso primeiro ano fiscal como uma empresa independente e mantivemos em nosso DNA a tradição de transformar os ambientes desafiadores do mercado.
Esses últimos doze meses nos mostraram que avançamos bastante em nossa jornada para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa nas nossas operações até 2030. Inclusive fomos reconhecidos globalmente pela Science Based Targets (SBTi), onde foi verificado cientificamente que as metas de redução de CO2 da Siemens Energy estão em conformidade com o Acordo de Paris e, portanto, contribuem para limitar o aquecimento global na medida estipulada no acordo.
Além disso, fechamos parcerias muito importantes para a região. No Brasil tivemos o início da operação comercial de GNA I e a assinatura do contrato para fornecermos soluções para GNA II, que totalizam aproximadamente € 1 bilhão. Além disso, tivemos a entrega de um pacote de geração, transmissão e gerenciamento de energia para a Bracell, entre inúmeras outras cocriações pelo país. Já em âmbito um pouco mais abrangente, demos o pontapé inicial de um projeto pioneiro no Chile, o Haru Oni, que prevê construção de uma planta industrial para produzir combustível praticamente neutro em CO2.
Mesmo diante de um cenário tão singular e adverso, conseguimos aumentar nossa atuação tanto no Brasil quanto na América Latina. Assim como 2020, esse também foi um ano desafiador e sou muito grato aos colaboradores, que seguiram rigorosamente os protocolos de segurança e foram capazes de inovar ainda mais em um ambiente digital, o que permitiu o nosso crescimento no setor.
O que sugere para o governo fazer e melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás e energia?
A sociedade emerge da crise da covid-19 ciente de que essa catástrofe está diretamente correlacionada com as mudanças climáticas. A pressão é gigantesca e espelha as mudanças de comportamento dos consumidores, que exigem ações concretas em prol da descarbonização em todos os âmbitos, principalmente no da energia. O Brasil tem o potencial de ser o protagonista da transformação energética que estamos vendo no mundo e é abençoado nessa perspectiva, com uma matriz energética majoritariamente renovável e abundância de recursos naturais. O ativismo empresarial brasileiro tem lutado por esse papel de responsabilidade e protagonismo, mas precisamos ver essa mudança ainda mais acelerada na esfera federal, já que a descarbonização das economias passa necessariamente por ações governamentais. A partir do momento em que o governo impulsiona uma transição verde em larga escala na economia, principalmente com apoio de investidores e financiadores, as oportunidades se abrem. Iniciativas como a regulação e implementação de um mercado nacional de carbono e incentivos à aplicação das melhores práticas da indústria nas atividades reguladas de petróleo e gás, podem criar novas cadeias de valor com selo verde, aumentando a nossa competitividade global.
Quais são as suas perspectivas e de sua empresa para 2022?
Minha perspectiva para o ano que vem é profundamente otimista. 2022 será um ano interessantíssimo do ponto de vista de crescimento, com muitas mudanças por vir, desafiadoras em alguns aspectos, mas também de grandes oportunidades. O planejamento de longo prazo do sistema energético brasileiro já demonstra uma quantidade gigante de crescimento de renováveis, com destaque para a geração eólica e solar, setores que atendemos com excelência por meio de nossas soluções integradas de tecnologia. Todas as áreas de transmissão também crescem com as energias renováveis e o setor já vem caminhando na direção da interligação de seus sistemas e na busca por resiliência – palavra estratégica para os próximos anos. Apesar de ainda não termos chegado no patamar que queríamos no que tange à reformas, grandes avanços foram feitos nesse âmbito nos últimos meses. No meio de uma pandemia global tivemos recordes de demanda acontecendo, a regulamentação da nova lei do gás e vimos o processo de eletrificação da indústria de petróleo e gás se acelerar, com o Brasil batendo recorde na exportação do petróleo do pré-sal. O panorama que vislumbro para o futuro é muito frutífero em termos de demanda, o desafio estará na execução, e por isso mesmo que precisaremos de esforços conjuntos de cocriação para alavancarmos o desenvolvimento de forma sustentável.
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