SINDICALISTAS ORGANIZAM DOIS PROTESTOS DIFERENTES EM FRENTE A SEDE DA PETROBRÁS

Duas centrais sindicais organizaram protestos nesta segunda-feira (14) em frente a sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro. A Força Sindical, sob os gritos de “A Petrobrás não vai ser privatizada”, criticou a presença de partidos políticos dentro da estatal e defendeu a instalação de uma CPI para apurar as denúncias de irregularidades. O protesto reuniu pouca gente. Nem 200 pessoas, segundo a Polícia Militar. Mais cedo, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizou um protesto  no mesmo local, mas o motivo era outro: os manifestantes eram contra a criação da CPI, que consideram um ato político.

Francisco Dalpra, presidente da Força Sindical no Estado do Rio, disse que ninguém tem o direito de “colocar a mão na Petrobrás” e que o ato da Força Sindical é um desagravo às denúncias de corrupção e irregularidades que tomaram conta da empresa nas últimas semanas. Os manifestantes também carregavam cartazes com a inscrição: ” Passa Dilma. Passa…”, em alusão à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

No protesto organizado pela Federação dos Petroleiros (FUP), participaram também integrantes da Associação dos Estudantes do Rio, do Movimento Sem Terra e do Partido Comunista Revolucionário. Com direito a música, bateria e carro de som, eles gritavam que “os tucanos não vão colocar a mão na Petrobrás”. Segundo eles, a instalação de uma CPI tem objetivo eleitoral para beneficiar o PSDB. Assim, também segundo eles, com o PSDB no poder, a Petrobrás corre o risco de ser privatizada e gritavam “Não, não, não à privatização. O petróleo é nosso e não abrimos mão”.