SISTEMA DE TRANSMISSÃO ELÉTRICA CHINÊS NÃO ACOMPANHA EXPANSÃO DAS FONTES RENOVÁVEIS
Os esforços chineses para descarbonizar seu sistema energético têm sido impressionantes. Hoje, o país é o que mais investe na expansão das fontes renováveis, com a maior capacidade instalada em todo o mundo com usinas eólicas e solares, mas a capacidade de inserção dessa energia no sistema elétrico tem deixado a desejar.
No último ano, 15% do total gerado não foi incluído no sistema de transmissão, percentual muito superior à taxa menor que 2% registrada na Europa, por exemplo. Para corrigir esse problema, o governo chinês anunciou um novo programa de estímulo ao crescimento de estrutura de transmissão, especialmente para a região Norte do país. Algumas províncias chegaram a registrar desperdício de 39% da energia gerada.
O órgão responsável pelo gerenciamento da matriz energética chinesa vem encontrando dificuldades em implementar um sistema capaz de contar com a variação ocasionada pela geração intermitente das fontes solar e eólica. Quando há uma incompatibilidade entre demanda e fornecimento, é preciso que a rede seja sustentada por outras fontes, criando um desafio para os chineses.
A decisão de diminuir os níveis de emissão de gases do efeito estufa parece estar sendo levada a sério pelos chineses, que estudam a utilização de geração através de queima de gás natural para diminuir ainda mais a participação da queima de carvão na matriz energética.
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