ALTUS TERÁ SETOR DE ENERGIA COMO UM DE SEUS FOCOS ESTRATÉGICOS NOS PRÓXIMOS ANOS
Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –
Atuando no gerenciamento de seus projetos para todos os tipos de sistemas do setor de Óleo & Gás, a Altus vem desenvolvendo painéis de automação para os FPSOs replicantes, que a Petrobrás utilizará no pré-sal. Desde 2011 envolvida com estes projetos, a companhia ganhou mais espaço no segmento de petróleo nos últimos anos, chegando a exportar tecnologia para a Suécia e a região da Escandinávia. Agora, ela começa a se preparar também para focar a estratégia de expansão no setor de energia, que passa por uma crise neste início de ano. O diretor da unidade de integração de sistemas da Altus, Fábio Eidelwein, conta que já estão desenvolvendo alguns projetos no setor elétrico, como a construção de uma subestação de energia isolada a gás (GIS) em Porto Alegre.
Que tecnologias relacionadas ao setor de Óleo & Gás a Altus desenvolveu no ano passado?
Em 2013 e no início deste ano, a Altus realizou entregas de equipamentos para o projeto de automação de oito plataformas construídas para exploração do Pré-Sal na Bacia de Santos. São painéis eletrônicos, desenvolvidos na nossa fábrica em Sapucaia, que possuem controladores programáveis (CPs) da Série Nexto. Juntamente com os outros equipamentos que completam essa solução, eles vão controlar e supervisionar uma série de atividades como o controle do processo, desligamento de emergência e medição de vazão. No último ano foram inauguradas duas plataformas (P-58 e P-62) que contam com sistemas de automação da nossa empresa. São milhares de pontos distribuídos em 50 painéis eletrônicos.
Os recentes desinvestimentos que a Petrobrás teve de fazer por conta de sua situação financeira afetaram os negócios com a Altus?
De maneira alguma. Seguimos com todos os nossos projetos em desenvolvimento para a Petrobrás e estamos sempre em busca de novas oportunidades. Nossa relação é bastante longa e há confiança em nossos produtos e soluções. Na Bacia de Campos, já foram 17 plataformas automatizadas, que contribuíram para a produção de mais de 500 mil barris de óleo e seis milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A empresa tem negócios com a Transpetro?
Atualmente, não estamos com nenhum contrato ativo. Porém, já desenvolvemos grandes projetos para este cliente, como o Gasoduto Urucu-Manaus e seu gerenciamento de ativos. São 662 km de extensão na Amazônia, capazes de transportar 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Ele alimenta as termelétricas que servem Manaus e os demais municípios ao redor.
Que tipos de sistemas a Altus exporta?
A empresa exporta produtos e soluções para diversos países. Nosso parceiro mais forte, atualmente, é a empresa sueca Beijer, que revende nossos controladores programáveis da Série Nexto por toda a Escandinávia. No ano passado, eles realizaram roadshows nos locais em que atuam para divulgação do nosso produto.
Para 2014, que projetos a Altus tem para o setor?
Queremos manter o que estamos fazendo nos últimos anos. Nossa marca se valoriza cada vez mais, principalmente por estarmos envolvidos em projetos como o Pré-Sal. Desde 2011, a Altus trabalha na construção de sistemas de automação que irão funcionar nas oito primeiras plataformas para operações em larga escala dessa área. A integração dos sistemas possibilitará a produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia quando todas as plataformas estiverem em operação, em 2017. Esse número corresponde a mais da metade do volume produzido atualmente no Brasil.
Como é a atuação da Altus na área de energia? Quais projetos estão em desenvolvimento ou previstos para esse ano?
A área de energia é um foco estratégico da nossa empresa para os próximos anos. No momento, estamos desenvolvendo alguns projetos, como a construção de uma subestação de energia isolada a gás (GIS) em Porto Alegre.
A regra do conteúdo local tem ajudado a Altus e outras empresas do ramo a aprimorar seus sistemas de produção?
Historicamente, a Altus é uma empresa de vanguarda no que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologia própria. Diversos fatores contribuem para que tenhamos esta veia empreendedora. Nossa companhia foi fundada dentro do meio acadêmico. Depois, vem o fato de termos iniciado em uma época em que a tecnologia internacional não estava presente em nosso país. Éramos praticamente obrigados a nos desenvolver constantemente para atender as necessidades de nossos clientes.
Quando isto mudou, tínhamos que nos adaptar à nova realidade e melhorarmos ainda mais os nossos produtos e serviços. Tudo isto fez com que chegássemos a este ponto hoje, competindo com empresas centenárias de muita credibilidade. Atualmente, somos um case de sucesso no Brasil de uma empresa que exporta tecnologia própria em produtos que não devem nada para o que é realizado na concorrência.
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