SOB NOVA DIREÇÃO, SCHAHIN MUDA DE NOME E AGORA SE CHAMA BASE | Petronotícias




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SOB NOVA DIREÇÃO, SCHAHIN MUDA DE NOME E AGORA SE CHAMA BASE

Marcos Sarge FigueiredoA Schahin está de cara nova. Ou melhor, de nome novo. A empresa que carregou por 50 anos o sobrenome de seus fundadores agora se chama Base. A mudança é parte da reestruturação feita após os escândalos de corrupção descobertos pela operação Lava Jato e segue o rumo do processo de recuperação judicial enfrentado pela companhia. A troca de nome é uma tendência que começa a ser estudada pelas empreiteiras envolvidas nos esquemas descobertos pela Polícia Federal e pode ser adotada em breve também por outras grandes empresas nacionais afetadas pela Lava Jato.

A nova fase da Schahin inclui a criação de uma área de compliance, mudanças na diretoria, agora sob a liderança de Marcos Sarge (foto), no conselho de gestão e até na própria sede da empresa, que vai passar para outro endereço em São Paulo.

A principal fonte de receitas para a continuidade do plano de recuperação é a sonda Vitória 10.000, que esteve no centro de acusações de pagamentos de propinas, e rende R$ 22 milhões mensais para a companhia em contrato com a Petrobrás. No entanto, o negócio também corre risco, já que a estatal vem travando uma batalha na justiça contra a Schahin para rescindir o contrato.

Em fevereiro deste ano, porém, a empresa conseguiu uma vitória na justiça contra a Petrobrás, depois que o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações de São Paulo, tornou definitiva sua decisão de proibir que a estatal rescinda o contrato da sonda Vitória 10.000.

A Petrobrás havia notificado a Schahin por conta do não pagamento de parcelas do financiamento da sonda, somadas em mais de US$ 2,1 milhões, mas a empresa alegou que a unidade estava docada, de modo que não estava recebendo as receitas que seriam usadas para o pagamento dos valores.

Com isso, em novembro, quando a ação chegou à 2ª Vara de Falências e Recuperações de São Paulo, o juiz Sacramone ponderou que “esse inadimplemento não é suficiente para justificar a rescisão imediata do contrato”, determinando a suspensão da rescisão em liminar concedida na ocasião, decisão que se tornou definitiva meses depois.

No plano de recuperação da Schahin, a receita da sonda foi indicada como parte das garantias dadas pela empresa junto aos credores, sendo que ela possuía seis contratos de sondas com a Petrobrás, mas, após o início dos problemas financeiros trazidos com as investigações da Lava Jato, a empresa perdeu cinco destes acordos com a estatal, por ter paralisado as operações alegando falta de recursos.

A sonda Vitória 10.000 é também parte principal em uma série de denúncias averiguadas pela Lava Jato. De acordo com as investigações e delações premiadas, o contrato de R$ 1,6 bilhão, fechado entre a Petrobrás e a Schahin para a operação da unidade, teria sido assinado em meio a um esquema de corrupção envolvendo o PT e o empresário José Carlos Bumlai, assim como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, atualmente preso em Curitiba.

 

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