STF REVOGA PRISÃO PREVENTIVA DO BANQUEIRO ANDRÉ ESTEVES POR FALTA DE PROVAS
Acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato e preso desde o final de novembro, o banqueiro André Esteves (foto) poderá passar o Natal em casa. Nesta quinta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, revogou a prisão preventiva do executivo, que será transferido para regime domiciliar. O despacho mantém encarcerados o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró e seu advogado Édson Ribeiro, além do senador Delcídio Amaral e o chefe de seu gabinete, Diogo Ferreira
Em seu despacho, o ministro Zavascki justifica a transferência pelo fato de Esteves não ter participado diretamente das reuniões feitas pelo grupo. O banqueiro, dono da BTG Pactual, não conta ainda com provas suficientes contra si que justifiquem a prisão, apontou o ministro. “Os elementos indiciários colhidos até o momento revelam que André Esteves é, em geral, referenciado pelos demais investigados nas conversas gravadas, sendo que no horário da suposta reunião realizada em 19/11/20, como aponta a defesa, de acordo com documentos juntados aos autos, ele estaria trabalhando no Banco BTG Pactual em São Paulo”.
Nas gravações feitas pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, Esteves é citado diversas vezes como possível financiador do acordo entre Delcídio e o ex-diretor da estatal. O repasse de R$ 50 mil seria feito por meio de entendimento entre o banqueiro e o advogado Édson Ribeiro, com o objetivo de obstruir as investigações em curso na Lava-Jato.
A revogação da prisão de Esteves envolve o cumprimento de diversas exigências do STF. Com a nova decisão, o banqueiro deverá permanecer afastado da administração de empresas envolvidas na Operação. Além disso, ele deverá comparecer a cada 15 dias perante um juíz e não poderá deixar o país.
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