TAXA DE UTILIZAÇÃO DE NAVIOS-SONDA DEVE FICAR EM 95% DURANTE O ANO DE 2023
A frota de plataformas de perfuração semissubmersíveis e navios-sonda teve uma utilização variando entre 80% e 90% durante todo o ano de 2022. A utilização de navios-sonda foi, em média, de 93% no ano, enquanto que nas sondas semissubmersíveis o índice ficou em 82%. No entanto, no ano, a demanda total aumentou de 135 unidades em janeiro para 143 em dezembro. A demanda por plataformas aumentou em várias regiões, com destaque para o Golfo do México dos Estados Unidos e América do Sul. Os dados foram levantados e divulgados pela Westwood Energy. Olhando para o futuro, o mercado de perfuração deverá seguir aquecido. Para o ano de 2023, a expectativa é que a taxa de utilização de navios-sonda, por exemplo, fique em 95%.
No Golfo dos EUA, a utilização foi de 100% de fevereiro a dezembro de 2022, enquanto a utilização comercializada na América do Sul variou de 94% a 97% durante todo o ano. Em outros lugares, a utilização de navios-sonda na África aumentou 10% em 2022, embora não tenha sido alcançada pelo aumento da demanda. No extremo oposto da escala, a utilização no Sudeste Asiático caiu 16% no ano. Por fim, a utilização de semissubmersíveis no Mar do Norte teve uma ligeira melhora no ano passado, com a utilização comercializada passando de 77% em janeiro para 81% em dezembro.
Durante o ano, 94 dos 131 contratos assinados (novos contratos e opções mutuamente acordadas) foram para trabalhos no Mar do Norte e no chamado “Triângulo Dourado”, que engloba Golfo do México (EUA e México), América do Sul e África Ocidental. Em outros lugares, o Extremo Oriente, o Sudeste Asiático e a Austrália combinaram por mais 28 acordos.
As tarifas diárias para navios-sonda de perfuração em 2022 foram substancialmente melhoradas em relação ao ano anterior. Após uma taxa média de fixação de US$ 232.555 em 2021, o número saltou para US$ 359.852 em 2022 e, nos últimos quatro meses do ano, a média aumentou para US$ 388.842. Conforme relatado, vários negócios em 2022 foram fixados em mais de US$ 400.000, com o mais alto atingindo US$ 462.000 para um contrato no offshore do Brasil. Regionalmente, o Golfo do México e a América do Sul dos Estados Unidos foram os que ditaram tendências nos aumentos de tarifas.
Para as plataformas semissubmersíveis, houve 74 novos contratos em 2022. Embora as taxas no início do ano (excluindo o Mar do Norte) estivessem geralmente na faixa de US$ 200.000 a US$ 250.000, em agosto estavam rotineiramente acima de US$ 300.000, com uma no Brasil eclipsando US$ 400.000. No entanto, no final do ano, houve dois prêmios por trabalho no Brasil que caíram para a faixa de US$ 245.000 a US$ 290.000, mas ambos foram apenas para programas de workover. Durante o ano, houve, é claro, discrepâncias em ambas as extremidades, com alguns contratos do Sudeste Asiático bem abaixo do resto do mercado.
“Em 2023, não há porque acreditar que o foco não será nas mesmas regiões. As procuras por sondas pendentes resultarão em demanda contínua de sonda para perfuração de exploração, com programas de desenvolvimento de campo de longo prazo também adicionando contratos plurianuais. Existem atualmente 73 processos de requerimentos de sondas globalmente que estão em alguma forma de consulta de plataforma. A área do ‘Triângulo Dourado’ responde por 23 deles, enquanto o Mar do Norte totaliza 16. Outros 21 requerimentos estão em vigor no Sudeste Asiático, Extremo Oriente e Austrália, e as operadoras estão procurando plataformas para 10 programas na área do Mediterrâneo/Mar Negro”, detalhou o pesquisador da Westwood Energy, Terry Childs (foto).
“Olhando para o restante de 2023, a oferta e a demanda de navios-sonda permanecerão apertadas e a utilização continuará na região de mais de 95%. A demanda de plataformas no Triângulo Dourado manterá as frotas atualmente trabalhando lá e alguma demanda incremental será criada. Além disso, áreas como o Mediterrâneo, onde grandes descobertas recentes foram feitas, podem impulsionar mais alguns planos de perfuração. Além disso, a utilização comercializada globalmente de sonda semissubmersíveis está projetada para uma média de 94%”, concluiu.
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