TCU APROVA BLOQUEIO DE BENS DE 11 EXECUTIVOS POR PREJUÍZO NA COMPRA DE PASADENA

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovaram nesta quarta (23) o relatório, feito por José Jorge, que apontou prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobrás na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006. O acórdão prevê, entre as medidas, o bloqueio de bens do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli (foto), do ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa e do ex-diretor internacional Nestor Cerveró. O atual diretor financeiro da petroleira, Almir Barbassa, também foi incluído no processo, com as mesmas implicações.

A partir de agora, eles terão 15 dias para apresentar suas defesas, que servirão de base para a produção de um novo relatório pelo TCU. O bloqueio dos bens será feito pelo período de um ano, a partir da citação dos nomes presentes no documento. O Tribunal de Contas determinou ainda que o prejuízo seja ressarcido, sendo que US$ 580,4 milhões do total deverão ser devolvidos pelos que faziam parte da diretoria da empresa na ocasião da compra.

O nome da presidente Dilma Rousseff, que liderava o conselho de administração da Petrobrás na época da aquisição da refinaria, não foi apontado como um dos possíveis responsáveis pelo prejuízo.

A decisão do TCU é considerada preliminar, porque a partir dela o processo é convertido em Tomada de Contas Especial (TCE), fase em que serão quantificados débitos e identificados os responsáveis pelo prejuízo, além de abrir espaço para a defesa dos citados.

Além de Gabrielli, Barbassa, Costa e Cerveró, o documento cita mais sete executivos, que também terão os bens bloqueados pelo período de um ano. Os outros nomes que constam no texto são Renato Duque, Guilherme Estrella, Ildo Sauer, Luís Carlos Moreira da Silva, Gustavo Tardin Barbosa, Renato Bertani e Carlos César Borromeu de Andrade.