TCU ISENTA GRAÇA FOSTER DE BLOQUEIO DE BENS

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu por não bloquear os bens da presidente da Petrobrás, Graça Foster, que fora excluída da lista de executivos da estatal apontados como responsáveis pelo prejuízo gerado com a compra da refinaria de Pasadena. Apesar de fazer parte da diretoria à época, Graça não foi alvo da medida imputada aos outros diretores pelo TCU. Dos nove ministros, cinco votaram contra o bloqueio, enquanto dois votaram a favor. No entanto, o ministro Aroldo Cedraz (foto) pediu vista do processo, sem que a votação fosse concluída.

Mesmo isentando a presidente Graça Foster de ter seus bens bloqueados, o tribunal considerou que ela foi uma das responsáveis pelo prejuízo gerado com a compra de Pasadena. O ex-diretor internacional Jorge Zelada, que também fora excluído da lista de diretores responsáveis junto com Graça, foi julgado da mesma forma que a presidente da estatal: sem bloqueio de bens, porém tendo responsabilidade sobre o prejuízo.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, visitou os gabinetes de seis ministros hoje pela manhã para tentar convencê-los da necessidade de manter os bens de Graça sem bloqueio, para que não traga maiores prejuízos à imagem da Petrobrás.

Os ministros Benjamin Zymler, Bruno Dantas, José Múcio Monteiro, Raimundo Carreiro e Walton Alencar votaram contra o bloqueio, enquanto o ministro-substituto Augusto Sherman e o relator, José Jorge, votaram a favor do bloqueio de bens.