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TECNOGERA CRESCE EM ÓLEO E GÁS E ACUMULA CARTEIRA DE NEGÓCIOS DE MAIS DE R$ 200 MILHÕES EM SUA FILIAL DE MACAÉ

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.05.50_1a052fc3 copiarDepois de um investimento em uma unidade na cidade de Macaé (RJ), a Tecnogera experimenta um crescimento em seus negócios dentro do segmento de óleo e gás. A empresa fornecedora de projetos de energia temporária e segurança energética já acumula uma carteira de projetos que passa de R$ 200 milhões na nova filial. “A cada trimestre, temos um ‘problema bom’: a necessidade de novos investimentos em maquinário”, conta o CEO da Tecnogera, Arthur Lavieri, nosso entrevistado desta quinta-feira (20). “Hoje, o setor de óleo e gás já representa quase 20% do nosso backlog total, o que mostra sua relevância dentro da empresa”, acrescentou o executivo. Apesar do sucesso no segmento petrolífero, a Tecnogera adotou uma estratégia de diversificar negócios e tem tido bastante sucesso em outros segmentos, sobretudo no agronegócio. A companhia já oferecia uma solução híbrida para fazendas do país combinando a energia solar com geradores a diesel. Agora, em um movimento mais recente, a empresa também passou a ofertar soluções de energia onde as baterias passam a ser “o cérebro” do sistema. Além de garantir segurança energética para as fazendas, essa alternativa reduz o consumo de combustíveis. “Em um modelo híbrido típico de 2 MVA, o tempo de operação dos geradores a diesel caiu entre 60% e 70%. Isso significa menos consumo de combustível, menos emissões de CO₂ e, ao mesmo tempo, segurança energética total para o cliente”, detalhou. Por fim, Lavieri fala dos planos de expansão do número de filiais pelo Brasil e novos negócios com concessionárias de energia.

Para começarmos, poderia fazer um balanço das operações da nova filial de Macaé?

IMG_3200 (1)A nossa empresa completou 18 anos recentemente. Somos uma empresa 100% brasileira e familiar, com um foco muito forte na segurança energética. Temos contratos que vão desde pequenos atendimentos de duas horas – como para grandes redes de farmácias e pet centers – até contratos de cinco ou seis anos para aluguel de soluções temporárias, como no setor de óleo e gás.

Esse segmento, inclusive, motivou a criação da nossa filial em Macaé, que foi nosso maior investimento no ano passado. Atualmente, a filial tem um backlog de negócios superior a R$ 200 milhões e já ultrapassamos 60 funcionários na localidade. Embora tenhamos iniciado as operações há pouco mais de um ano, focados no atendimento a grandes petroleiras, percebemos uma demanda crescente por outras soluções. Assim, além da geração de energia, começamos a oferecer baterias, torres de iluminação e plataformas de trabalho em altura.

A cada trimestre, temos um “problema bom”: a necessidade de novos investimentos em maquinário. Estamos levando geradores de até 2 MVA para a região, além de outros equipamentos.

Como o senhor avalia o atual momento do segmento de óleo e gás?

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.06.06_e896c731Falando sobre o setor de óleo e gás, percebo que ele ainda não retomou o nível que tinha 10 anos atrás, mas está aproximando-se aquele patamar. A principal mudança é que a prestação de serviço se tornou ainda mais relevante do que o próprio equipamento. Sempre foi importante, mas agora é essencial. É aí que entra a Tecnogera.

Para relembrar, a grande mudança que introduzimos no mercado há 18 anos e que nos permitiu crescer tanto – mesmo tendo entrado depois de outros players – foi a implementação do atendimento 24/7 no segmento de segurança energética. Muitas empresas falam sobre isso, mas poucas realmente oferecem esse nível de serviço. Nos últimos dois anos, crescemos 150% e atingimos um faturamento de R$ 560 milhões em 2024. 

No setor de óleo e gás, a exigência por disponibilidade total e inteligência de dados é muito alta. Para atender a essa demanda, temos um Centro de Controle Operacional em São Bernardo do Campo – o maior centro digital de monitoramento de ativos de empresas de locação na América Latina. Esse centro acompanha mais de 3 mil ativos, todos equipados com modems que transmitem dados via 3G, 4G, 5G ou rádio.

Qual é a projeção da empresa para esse setor? Como enxergam a importância desse mercado dentro dos negócios da Tecnogera no futuro?

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.06.06_febb2badHoje, o setor de óleo e gás já representa quase 20% do nosso backlog total, o que mostra sua relevância dentro da empresa. A nossa estratégia sempre foi nos estabelecermos com força nos segmentos em que o Brasil tem grande destaque, ao mesmo tempo em que buscamos reduzir qualquer dependência excessiva de um único setor, devido às volatilidades e riscos que podem surgir. 

Por isso, tomamos algumas decisões estratégicas, e é natural que setores como agro, mineração, logística e óleo e gás sejam fundamentais para nós. Se olharmos para trás, há cinco ou seis anos, o óleo e gás representava, no máximo, 5% do nosso backlog. Hoje já é 20%, e acreditamos que um percentual entre 20% e 30% é saudável, desde que continue crescendo.

Nosso objetivo não é apenas crescer dentro da vertical de energia, mas expandir soluções para todo o ecossistema de óleo e gás. A nossa flexibilidade tem sido um diferencial competitivo e, por isso, acreditamos que continuaremos crescendo em altas taxas. Para você ter uma ideia, crescemos 53% em 2023 e 78% em 2024.

Já que o senhor mencionou a diversificação de negócios, seria interessante falar da atuação da empresa no agronegócio.

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.06.06_ecc12527Nos últimos dois anos, percebemos que o agro tem um grande interesse em investir em fontes renováveis. Seja metano, butano, solar – o desejo está lá, mas há um grande desafio: essas fazendas estão se tornando verdadeiras indústrias, grandes processadoras, e não podem ficar sem energia.

A introdução de energia renovável, que é essencial para descarbonizar a economia, traz um problema conhecido: a intermitência. Esse é um desafio que já afeta o Brasil como um todo, mas no agro ele é ainda mais crítico. Muitas fazendas dependem de pequenas redes públicas de distribuição, que não são suficientes para acompanhar o rápido crescimento do setor.

E foi aí que a Tecnogera entrou com uma mudança de paradigma. Nós oferecemos uma solução híbrida: combinamos a energia solar com geradores a diesel, gás ou biodiesel, garantindo a segurança energética. Muitos clientes adotaram essa abordagem, mas o ideal não é depender tanto da geração térmica.

A grande virada veio com a introdução das baterias.

Como se deu esse novo movimento?

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.06.06_78645e44Há dois anos, começamos a implantar sistemas híbridos, onde a bateria se torna o cérebro do sistema. Ela gerencia a energia vinda da rede da concessionária, das fontes renováveis (solar, eólica, etc.) e da geração térmica.

A prioridade da bateria é sempre maximizar o uso do solar. Se houver uma queda de energia ou a bateria atingir um nível crítico – seja por chuvas prolongadas ou aumento da demanda –, ela automaticamente gerencia o fornecimento, primeiro utilizando a rede elétrica e, em último caso, ativando os geradores a diesel. Isso representa uma enorme mudança de paradigma.

Em um modelo híbrido típico de 2 MVA, o tempo de operação dos geradores a diesel caiu entre 60% e 70%. Isso significa menos consumo de combustível, menos emissões de CO₂ e, ao mesmo tempo, segurança energética total para o cliente. Essa tendência de hibridização dos sistemas já está se expandindo para outros setores, como canteiros de obras e mineração, que enfrentam desafios semelhantes.

Para finalizar nossa conversa, gostaria que compartilhasse as projeções, planos e expectativas da empresa para 2025. O que o mercado pode esperar da Tecnogera daqui em diante?

Imagem do WhatsApp de 2025-03-17 à(s) 12.06.03_cce3523cPara este ano, já temos um planejamento estratégico aprovado pelos nossos acionistas. O primeiro grande ponto é o aumento da nossa capilaridade. Nos últimos dois anos, passamos de 6 para 22 pontos de atendimento. A expectativa é encerrar o ano com cerca de 30 filiais. 

Outro ponto importante é a crescente demanda das concessionárias de energia pelos nossos serviços. Fatores como intermitência, redes de distribuição antigas, movimentação de cargas e o calor excessivo têm levado as concessionárias a nos procurar, não mais apenas para emergências, mas para soluções preventivas. Esse é um grande paradigma que está mudando rapidamente.

Um exemplo disso foi Jericoacoara, no Nordeste. A concessionária local identificou fragilidades na rede com meses de antecedência e nos contratou de forma planejada. Enviamos máquinas, pessoal, caminhões e diesel, garantindo que não houvesse nenhuma interrupção no fornecimento de energia durante toda a alta temporada, incluindo o carnaval. Essa abordagem tem sido replicada com outras concessionárias e, para 2025, acreditamos que essa área de atuação vai crescer ainda mais.

Por fim, no segmento de acesso, tomamos uma decisão estratégica importante: trazer as maiores plataformas elevatórias elétricas disponíveis no mundo para o Brasil. Há cerca de um mês, trouxemos uma plataforma de 51 metros, e já temos quase 3 mil plataformas na nossa frota. Somos a única empresa com uma frota 100% elétrica no Brasil e, agora, estamos trazendo máquinas ainda maiores, equivalentes às usadas nos EUA, China e Alemanha.

Para se ter uma ideia, essas novas plataformas pesam entre 10 e 20 toneladas e alcançam alturas comparáveis a um prédio de 17 andares. Nos próximos dias, começaremos a receber modelos de até 60 metros, as maiores do mundo. Isso consolida a eletrificação da frota de equipamentos de construção como uma realidade. Acreditamos que, em menos de 10 anos, o setor deixará de utilizar equipamentos a combustão, e ficamos felizes em liderar essa transformação.

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