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TECNOGERA PROJETA CRESCIMENTO DE 30% E VÊ AUMENTO NA DEMANDA POR GERADORES DIANTE DE RISCO DE SOBRECARGA NA REDE ELÉTRICA

Imagem do WhatsApp de 2025-06-25 à(s) 17.07.13_597e6a9cO alerta para o risco de sobrecarga na rede elétrica, feito pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) no fim do ano passado, reflete a atual situação do Sistema Interligado Nacional (SIN). O cenário é consequência do avanço das fontes intermitentes de energia e representa um desafio para o planejamento energético do país. Embora o ONS não aponte risco iminente de apagão, muitas empresas e indústrias já buscam alternativas para garantir a segurança no fornecimento de energia. Diante desse quadro, a Tecnogera, fornecedora de soluções em energia temporária, tem registrado um aumento na procura por geradores. É o que afirma o diretor operacional da empresa, Paulo Alves, nosso entrevistado desta quarta-feira (2). “A demanda por geradores no primeiro trimestre deste ano cresceu 24%. Esse movimento começou no setor de varejo, com lojas preocupadas com prejuízos à matéria-prima, e também atingiu a indústria, que busca garantir a continuidade de suas linhas de produção”, afirmou. O executivo disse ainda que a Tecnogera projeta encerrar o ano com um crescimento de até 30%, após investir R$ 130 milhões em novos equipamentos e ampliar sua frota para 2 mil grupos geradores.

Como ponto de partida, gostaria que você relembrasse para os nossos leitores o alerta feito pelo ONS em dezembro de 2024, que apontou risco de sobrecarga em alguns estados. Quais foram os principais pontos?

ons (2)O que motivou o alerta do ONS foi a questão da intermitência das fontes renováveis, da falta de um controle centralizado e também da própria infraestrutura de rede. As principais razões são a intermitência e a variabilidade de geração. O fluxo de energia, que sempre foi das grandes usinas para o consumidor, agora passou a ser bidirecional.

Com a expansão da geração distribuída, especialmente a solar fotovoltaica, os próprios consumidores passaram a injetar energia na rede. Isso cria um fluxo reverso e causa instabilidades. Ainda não temos a infraestrutura adequada no país para lidar com isso. Falta estabilidade na tensão e qualidade da energia. Enquanto os investimentos em infraestrutura não avançarem, a insegurança permanece, e a tecnologia vira uma solução essencial.

Como a empresa percebeu esse aumento da demanda por segurança energética?

A demanda por geradores no primeiro trimestre deste ano cresceu 24%. Esse movimento começou no setor de varejo, com lojas preocupadas com prejuízos à matéria-prima, e também atingiu a indústria, que busca garantir a continuidade de suas linhas de produção.

A insegurança em relação a possíveis paralisações aumentou bastante a busca por geradores em regime de standby. Esse tipo de contrato tem uma precificação menor, e o equipamento pode entrar em operação em 10 ou 15 segundos, evitando perdas para o cliente.

Esse cenário todo tem impactado efetivamente os negócios da empresa? Houve expansão?

Imagem-do-WhatsApp-de-2025-03-17-às-12.06.06_ecc12527Sem dúvida. A nossa marca está consolidada há 19 anos no segmento de segurança energética, e isso nos deu a oportunidade de crescer. Tivemos um aumento de 150% nos últimos dois anos. Além disso, esperamos terminar o ano com 29 filiais e alcançar um crescimento de 25% a 30%.

Além do atendimento ao consumidor final, também atuamos com as concessionárias. Quando elas precisam fazer manutenções ou obras de infraestrutura, oferecemos uma fonte de energia secundária para evitar a interrupção total do sistema. Esse trabalho com as distribuidoras não é algo novo, mas houve um aumento de demanda. As concessionárias estão sendo pressionadas a melhorar suas redes, inclusive como parte das exigências para a renovação das concessões.

Quais são os investimentos que a empresa vem fazendo para acompanhar essa expansão de demanda?

Investimos mais de R$ 130 milhões neste ano em novos equipamentos. Nossa frota já era nova — com média de quatro anos —, mas ampliamos a nossa capacidade de atendimento, passando de 800 para 2 mil grupos geradores. Também reforçamos a frota de veículos próprios para garantir um acesso rápido ao consumidor final.

E olhando agora para os próximos anos, quais são as perspectivas para os negócios da empresa no país?

Imagem-do-WhatsApp-de-2025-03-17-às-12.06.06_e896c731Acreditamos que estamos apenas no início de uma nova estruturação. Vemos muitos anos pela frente para nos posicionarmos em parcerias com grandes varejistas, concessionárias e indústrias. Também tivemos um crescimento de 130% no setor de óleo e gás no ano passado e temos contratos fechados para os próximos cinco anos. Isso mostra que o mercado busca mais segurança e contratos de longo prazo, o que também ajuda a viabilizar economicamente os projetos.

Falando especificamente do setor de óleo e gás, o que impulsionou esse crescimento na atuação de vocês nesse segmento?

Abrimos recentemente uma filial em Macaé e fechamos um negócio com a Petrobrás. O bom atendimento prestado para a estatal nos deu abertura para investir mais. Além da energia, passamos a fornecer também compressores. 

Enquanto os fornecedores anteriores tinham uma abordagem mais tradicional, nós oferecemos uma solução imediata, com equipamentos modernos e prestação de serviço voltada ao cliente. O atendimento emergencial nos ajudou muito a consolidar nossa presença no segmento. O bom trabalho que fizemos abriu portas. Já tínhamos experiência, mas com o investimento em novos equipamentos conseguimos destravar nosso crescimento.

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