TECNOLOGIA BRASILEIRA APRESENTADA NO CANADÁ ABRE MERCADO NOS ESTADOS UNIDOS E NO MUNDO ÁRABE
Termina nesta sexta-feira (28) a International Pipelines Conference, que está sendo realizada no Tellus Convention Center, na cidade de Calgary, no Canadá. O Petronotícias conversou pelo telefone com o Engenheiro Paulo Fernandes, Presidente da Liderroll, a única grande empresa privada brasileira participando do evento, que é o mais importante do mundo no segmento de Pipelines. Este ano, a feira cresceu consideravelmente em relação aos anos anteriores. Mas, ao contrário do movimento internacional, o Brasil está indo na contramão, com pouquíssima participação. E isso pode se refletir num enfraquecimento da posição brasileira no mercado internacional deste segmento. Há o risco da ANP e do próprio IBP cancelarem a participação em 2014, o que estrategicamente seria um erro, pois com as novas rodadas de licitações de blocos da ANP haverá um aumento da produção de petróleio e gás, mas, sem malhas dutoviárias adequadas e modernas, escoar essa produção ficaria ainda mais difícil e caro.
Como o senhor vê a participação das empresas brasileiras neste evento ?
– É realmente uma pena, pois nós temos uma capacidade técnica reconhecida internacionalmente e não estamos usufruindo disso. A Liderroll, como empresa privada, está aqui, expondo seus produtos, buscando expandir o mercado internacional… mostrando a nossa tecnologia exclusiva. O resultado está sendo muito bom, com o avanço das conversações com as empresas árabes e mesmo no mercado americano de energia subterrânea.
Mas o mercado também não está no Brasil ?
– É uma boa pergunta. Veja só, no ano passado a Liderroll teve o privilégio de ter sua tecnologia reconhecida pela mais importante instituição internacional do mundo – a ASME – ganhamos o Prêmio do Ano pela criatividade do nosso invento. É o prêmio mais importante do mundo. Mas esta tecnologia foi usada apenas uma vez no Brasil…
Qual a perspectiva da Liderroll no exterior ?
– Abrimos um escritório em Houston, em 2008, no pico da crise mundial. Isso demonstra nosso arrojo, saúde financeira e visão de expansão, tudo confiando muito no ineditismo de nossos produtos e na capacidade de nosso corpo técnico que se equipara aos melhores do mundo. Para se ter ideia, já fizemos dois túneis para a Petrobrás, que foi de novo a pioneira no apoio ao desenvolvimento de tecnologia para o segmento de óleo e gás. E ainda hoje não foram lançados gasodutos no mundo com quebra de recorde de tempo e com o elevado grau de salubridade e QSMS. Esses recordes foram proporcionados por este método brasileiro da Liderroll.
A Liderroll tem patente deste produto ?
– Sim. A nossa patetente nos EUA, por exemplo, ja foi concedida e é um diploma lindo. Não só pela beleza do documento, mas pelo o que ele representa para o Brasil. Os americanos não gostam muito de dar um documento destes para empresas de fora. Vai lá tentar pra você ver só. Quando falo aqui no Canadá que temos uma patente americana eu só escuto sinceros “congratulations” . Quando falo que ganhamos um prêmio da ASME, aí eles vão ao delirio… rs. E tudo isso sem ajuda de governos ou incentvo financeiro de nenhum programa brasileiro. Foi na raça e competência mesmo…
Fala-se em grandes projetos na América do Norte. Isso é real ?
– Sim. É verdade. Pode ser que desta vez o gasoduto Keystone vá para frente. Uma nova luta por ele já recomeçou e está em pleno andamento. A TransCanadá pediu uma nova autorização aos Estados Unidos para fazer o projeto que vai levar o petróleo produzido das areias betuminosas da província de Alberta, no Canadá, até Houston, nos Estados Unidos, atravessando o território americano de norte a sul, numa extensão de 1.600 km.
Isso vai exigir uma licença especial americana, não ?
– Como é uma obra internacional, será preciso a anuência do congresso americano, que quer dar toda transparência ao projeto. Há um ponto polêmico, que é a travessia da região de Sand Hills, uma reserva ecológica de Nebraska. A TransCanadá mudou o plano original e criou uma rota alternativa com as autoridades locais e espera uma autorização para iniciar a obra. Se for aprovado o gasoduto será concluído entre 2014 e 2015. É um projeto de 2,3 bilhões de dólares. Nós participamos das conversações há pelo menos dois anos.
Há outras possibilidades ?
– Sim. Tem o projeto do Alasca, o British Columbia e a própria Transcanadá já se prepara para começar a construir um outro gasoduto dentro dos Estados unidos. Esse gasoduto sai de Oklahoma e vai até o Texas. Como a obra não depende de autorização do congresso americano, a empresa pretende iniciar a obra brevemente.
A Liderroll pretende continuar a expor nesta feira ?
-Nós vamos colocar um estande exclusivo na edição de 2014, pois este mercado é promissor no exterior. As empresas brasileiras formadoras de opinião e de mercado só estão olhando para o pé e não para um futuro do Brasil, denotando ser decisão de pessoas e não de corporações que trabalham para o crescimento de nosso País. A ausência deles é uma pena. Fincamos a nossa bandeira Brasileira no Canadá e não pretendemos sair.
trabalho de motorista na construção do gasoduto no Canadá!
Motorista de carreta, Veículo Pesado e Ônibus
Motorista de Carreta E Ônibus para trabalhar na equipe de empresa brasileira.