TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA SBM E PELA SHELL VAI MUDAR O CONCEITO DE CONSTRUÇÕES DOS FUTUROS FPSOs | Petronotícias




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TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA SBM E PELA SHELL VAI MUDAR O CONCEITO DE CONSTRUÇÕES DOS FUTUROS FPSOs

sbmCom o objetivo de aumentar a eficiência nos sistemas de geração de energia de plataformas flutuantes de petróleo (FPSOs) no Brasil e reduzir as emissões de carbono nessas embarcações, a SBM Offshore e a Shell assinaram contrato para a fase 3 de desenvolvimento do projeto SWIR (sigla em inglês para Seawater Intake Riser), um sistema de captação de águas profundas inédito no país. A solução ambientalmente sustentável prevê que a captação de água de resfriamento dessas unidades de produção passe a ser feita a 700m de profundidade, com tubos flexíveis de grandes diâmetros. Espera-se que a tecnologia esteja validada para ser incorporado aos novos desenvolvimentos de FPSO até o final de 2024.

Caio Bonini - SBM

Caio Bonini – SBM

Atualmente, a captação de água é feita a cerca de 100m de profundidade no mar, onde as temperaturas estão em torno de 25oC (vinte e cinco graus Celsius). Em maiores profundidades, as temperaturas são consideravelmente mais baixas, próximas a 7°C.

Isso torna possível obter ganhos de eficiência e reduções nas emissões de CO2 nos processos de geração de energia e resfriamento em plataformas flutuantes de produção de petróleo. O sistema SWIR também reduzirá significativamente a demanda de energia para a desidratação de gás natural e o consumo de eletricidade das bombas de captação do navio-plataforma.

Marcelo Andreotti - SBM

Marcelo Andreotti – SBM

Caio Bonini, gerente de projeto da SBM Offshore, explica que “Estamos na fase final do projeto, que atualmente possui grande importância dentro do portfólio da SBM. A conclusão permitirá a implementação de futuras tecnologias focadas na redução de emissões”, comenta Caio Bonini, gerente de projeto da SBM Offshore.

 Marcelo Andreotti, gerente de tecnologia da SBM Offshore no Brasil  afirma que “Essa parceria é vista com um grande orgulho e é motivo de celebração, não apenas pela colaboração com um grande parceiro e cliente, neste caso a Shell, mas também por reforçar nosso compromisso com a transição energética e o desenvolvimento de tecnologia e equipe técnica especializada no Brasil.”

eliA implementação do SWIR possibilita reduzir o peso da planta de processamento e os custos operacionais, podendo ser adotado em diversos sistemas no FPSO como compressão de gás, tratamento de água, integração de calor e captura de carbono dos gases de exaustão das turbinas a gás. A diminuição de CO2 pode chegar a 50% nas novas gerações de FPSO que estão sendo desenvolvidas pela SBM. Eli Gomes (foto à direita), Gerente de Projetos de Tecnologia na Shell, revela sua confiança no projeto: “Estamos muito otimistas em relação aos resultados promissores do projeto do sistema de captação em águas profundas. A tecnologia em desenvolvimento permitirá a otimização e melhorias significativas nas plantas de processamento e utilidades de FPSOs, além de contribuir para a descarbonização da produção offshore de petróleo e gás.” O sistema de captação em águas profundas é esperado para guiar as futuras gerações de unidades flutuantes offshore a serem implementadas nas bacias brasileiras na próxima década. O projeto teve início em 2018 e utiliza recursos da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento dos contratos de concessão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade de Brasília (UNB) participam do projeto executando testes de materiais.

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