TENSÕES QUE LEVAM POTÊNCIAS À BEIRA DE CONFLITOS AUMENTAM PREÇO DO PETRÓLEO E SACODEM A ECONOMIA MUNDIAL PELO PESCOÇO
Uma nova aporrinhação no petróleo que sacode pelo pescoço a economia global. O barril de petróleo Brent atingiu nesta terça-feira (18) seu preço mais alto em mais de 7 anos, alimentado por tensões geopolíticas, perturbações na oferta e demanda crescente, apesar da preocupação com a variante ômicron. Tensões entre Rússia, Ucrânia, Estados Unidos; Tensão Alemanha e Rússia; Tensão com o Irã enriquecendo urânio; Coreia do Norte e seus foguetes ameaçadores; China e Taiwan, com os Estados Unidos no meio. Submarinos nucleares no pacífico. O barril de pólvora acendeu os preços dos barris de petróleo.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte atingiu US$ 88 em Londres, um recorde desde 30 de outubro de 2014, quando atingiu US$ 86,74, segundo a agência France Presse. Na véspera, fechou em alta de 0,5%, a US$ 86,48 o barril. Já preço do barril WTI era negociado nos EUA acima de US$ 85 na manhã de hoje, também alcançando o maior preço desde outubro de 2014. Em 2021, o preço do petróleo Brent escalou mais de 50% e o de WTI mais de 55%, impulsionados pela reativação da demanda com o fim das restrições sanitárias no começo do ano. A disparada do preço do petróleo tem provocado um aumento nos preços dos combustíveis em todo o mundo.
Há quem acredite que os preços do petróleo Brent devem superar os US$ 100 por barril neste ano. Os analistas do Goldman Sachs dizem isso e afirmam que o mercado de petróleo continua com déficit enorme, já que o golpe da variante Ômicron na demanda pela commodity é, até agora, menor do que o que era esperado. O impacto da Ômicron na demanda provavelmente será compensado pela substituição do petróleo pelo gás, por aumentos nas interrupções de demanda, pela escassez do produto em países da Opep+, e pela produção abaixo do esperado na Noruega, apontaram analistas. A demanda global por petróleo cresce 3,5 milhões de barris por dia em 2022, no comparativo anual, com a demanda no quarto trimestre atingindo 101,6 milhões de barris diários.
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