TERMINA A MAIOR FEIRA DE PIPELINES COM DOIS DESTAQUES PARA O BRASIL. UM NA CONFERÊNCIA, OUTRO NA EXPOSIÇÃO
CALGARY -Passou rápido. Foram três dias de muita movimentação na maior e mais importante feira de Pipeline do mundo, aqui em Calgary, no Canadá. Paralelamente foi encerrado também a conferência que reuniu os melhores trabalhos ligados ao setor de dutos em todo mundo. Na conferência, que também terminou nesta quinta-feira (29), o Brasil teve um destaque especial com a participação da engenheira mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Daniela Ramminger Pissanti, vencedora do Calgary Awards, com o melhor trabalho apresentado na Rio Pipeline, em 2015. Como o prêmio, um convite feito pela ASME para vir ao Canadá apresentar este mesmo trabalho para toda comunidade internacional aqui presente.
A gaúcha Daniela Pissanti (foto) recebeu esta honraria e também um outro convite especial: fazer a conclusão dos painéis da conferência. Ela apresentou em detalhes para comunidade internacional todo trabalho vencedor no Rio de Janeiro. Um trabalho inovador voltado para soldagem de tubos por compressão e rotação. A tecnologia apresentada traz a inovação de se girar o anel intermediário entre dois tubos, ao invés de se girar a tubulação. Foi muito aplaudido e bem recebido.
A feira, que reuniu mais de 250 empresas internacionais, teve a participação de apenas uma empresa brasileira, a Liderroll. Assim como em todo mundo, o mercado para as indústrias ligadas ao petróleo, sofreu um baque nestes últimos dois anos, em função da queda dos preços do barril. Mas a expectativa aqui do mercado canadense é voltar a dar impulsos mais ágeis e consistentes já no início de 2017. Somente em Calgary, neste período, cerca de 24 mil pessoas de postos administrativos perderam seus empregos. Um fenômeno que ocorreu praticamente em todo mundo. Mas as principais lideranças empresariais canadenses tem a expectativa de uma recuperação nos preços de 4 a 5 % que já seriam suficientes para que dezenas de projetos sejam desengavetados e colocados em prática, principalmente no setor de dutos. Há inúmeros projetos de oleodutos e gasodutos represados, prontos para serem construídos. Neste particular a Liderroll recebeu diversas consultas para que suas tecnologias no segmento de suportação de tubos e lançamentos de dutos de todos os diâmetros em ambientes confinados, como túneis, sejam usadas. Elas chamaram bastante a atenção de projetistas e engenheiros de vários empresas americanas e canadenses presentes na feira, nas diversas consultas que foram feitas no stand da empresa.
Além da Liderroll, que capitaneou a representação da indústria dutoviária nacional, outros 13 brasileiros vieram até Calgary como observadores das novas tecnologias que foram mostradas na feira e na conferência. O grupo era liderado pelo engenheiro Marcelino Guedes, presidente do CTDUT e representante da Transpetro. Ficaram mais concentrados na conferência, mas também visitaram a feira em busca dessas novidades.
O stand da empresa brasileira, foi uma atração a parte na feira. De longe foi o que mais atraiu visitantes e especialistas vindos de toda parte, especialmente do Canadá e dos Estados Unidos. A forma do brasileiro receber os convidados, difere de todas as outras culturas que se misturaram aqui. No fim de cada dia, profissionais de outras empresas expositoras se aglomeravam no stand da Liderroll para ouvir música brasileira, conviver e falar sobre negócios. O Presidente da Liderroll, Paulo Fernandes, que frequenta a feira desde 2008, viu boas perspectivas para futuros negócios. Sua observação é compartilhada por outros presidentes de empresas, CEOs e diretores das grandes companhias que participaram da exposição. Todos acreditam na volta de um dos maiores mercados dutoviários do mundo.
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