TERMINA NO CANADÁ A CONFERÊNCIA SOBRE PIPELINES COM A EXPECTATIVA DE MUITOS NEGÓCIOS NO SETOR EM 2019
CALGARY – A edição deste ano da International Pipelines Conference – IPC – que está sendo realizada em Calgary, no Canadá, termina nesta sexta-feira(28) com um saldo bastante positivo e um público recorde nas audiências das conferências e na área de exposição das empresas. Nas conferências alguns brasileiros da Petrobrás e da Transpetro tiveram participação, como é tradicional neste evento que é o maior e mais importante. Ele costuma atrair jovens profissionais das mas variadas áreas não só do Brasil, mas do mundo tudo, que aproveitam a conferência para apresentar o que há de vanguarda no universo dos pipelines. O estande da Liderroll, a única empresa brasileira presente na área de exposição, recebeu um grande número de engenheiros canadenses, americanos e alemães, que estão liderando os maiores projetos de construção de oleodutos e gasodutos no mundo inteiro. São empresas que vieram buscar mais informações sobre as tecnologias brasileiras que podem ser empregadas em projetos no Turcomenistão, Afeganistão, Índia, China, Cazaquistão, Jordânia, Israel, Canadá, Rússia e Estados Unidos.
O principal executivo da empresa brasileira presente aqui em Calgary, Elias Rocha(foto), tem conversado com empresários e executivos de muitas empresas internacionais e faz um balanço sobre mais esta participação da Liderroll aqui no Canadá: “ Como sempre é uma participação efetiva. O nosso estande é que atrai mais pessoas. Exatamente para conhecer as nossas peças que ficaram expostas, ver nossos filmes dos túneis em que já lançamos gasodutos e ficam muito curiosos e surpresos agradavelmente com a tecnologia criada pela empresa. Por ser uma boa novidade na construção de dutos, chama muito a atenção.”
– E o mercado, como está se comportando. o que ele diz?
– Olha, este evento é um bom termômetro. Ele é o principal da área de midstream do planeta. Pena que só acontece a cada dois anos aqui em Calgary. Naturalmente há grande foco nos potenciais projetos canadenses. Apesar do mercado aqui de construção de novos pipelines continuar enfrentando a oposição de grupos ambientalistas e uma complexa negociação com as tribos indígenas, neste ano observamos um otimismo que não se via há muito tempo no país. As autoridades ambientais do Canadá estão ultimando os estudos para dar início a construção de oleodutos e gasodutos, estratégicos para o país, que vão cortar o Canadá de norte a sul e de leste a oeste.
– Nessas grandes travessias além dos ambientalistas há outras barreiras?
– No tocante à obras de lançamento de dutos que atravessam barreiras geológicas através de longos túneis, três projetos no Canadá e norte dos Estados Unidos encontram-se em diferentes fases de desenvolvimento. Espera-se que a Trans Mountain Pipeline, agora sob a gestão do governo federal do Canadá, conclua suas negociações com a comunidade da província de British Columbia e as tribos indígenas ali situadas, ainda no primeiro semestre de 2019. A Embridge estuda a reposição de dois dutos de 24 polegadas dentro de um túnel de 8 quilômetros. E o projeto Woodfibre GNL, que contempla lançamento de gasoduto por um túnel de 6 quilômetros, encontra-se em fase final de decisão de investimento (FID-Final Investment Decision), esperada até o dezembro deste ano.
-Vocês receberam consultas de quem?
– Por ser um evento global, empresas de engenharia europeias, árabes, asiáticas e sul-americanas também participaram deste encontro e consolidaram suas opiniões quanto a eficaz inovação apresentada pelas soluções expostas pela Liderroll. Tivemos a presença também de engenheiros da Índia e da CNPC da China. Eles estão bem impressionados com a eficiência, a simplicidade do sistema que foi desenvolvido e patenteado pela Liderroll. Além do que nossa tecnologia foi elencada como a mais promissora para liderar os três maiores projetos do mundo, uma vez que ela não tem limites de distância para túneis longos e que, devido a este recurso e característica, está sendo a catalisadora em viabilizar o cruzamento de um túnel de 140 quilômetros que está em estudo para cruzar a base do Himalaia ligando a Rússia à Índia. Uma obra prevista para seis anos e meio de execução.
– Há outros projetos além dos que o senhor já citou aqui no Canadá e Estados Unidos?
– Certamente. A Liderroll foi convidada para participar do processo licitatório em lançamentos de dutos dentro vários túneis em diversas geografias. Um duto de 40 polegadas em túnel de 6 quilômetros na Noruega; um duto de 56 polegadas através 76 túneis entre o Turcomenistão e a China. Um outro de 56 polegadas saindo também do Turcomenistão até a Índia; além de projetos de dois novos aquedutos, sendo um de 72 polegadas através de túnel de 13 quilômetros na Arábia Saudita e outro do mesmo diâmetro em túnel de 5 quilômetros na Jordânia.
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