TERMINAL PORTUÁRIO DE ANGRA COMEMORA SUA REVITALIZAÇÃO E PROJETA ALCANÇAR PROTAGONISMO NOS PRÓXIMOS ANOS
O ano de 2021 certamente foi marcado por muitos desafios para a economia brasileira. Mas para muitos executivos brasileiros, também será lembrado como um período de superação de obstáculos e fechamento de novos negócios. O Terminal Portuário de Angra dos Reis (TPAR), por exemplo, viveu um ano de fortalecimento e agora olha para o futuro com excelentes perspectivas. Por isso, convidamos o CEO do TPAR, Paulo Narcélio, para participar da nossa série especial Perspectivas 2022. O empresário lembra que o terminal registrou uma grande demanda simultânea em diferentes frentes em 2021, desde construção submarina até a um projeto relacionado à transição energética. “O ano de 2021 foi, de fato, o ano de revitalização do Terminal Portuário de Angra dos Reis”, celebrou. Para o futuro, Narcélio revela que o TPAR está investindo em melhorias operacionais e estruturais para ampliar sua capacidade de operar com navios de maior porte. “Em termos de volume, entre todas as atividades, nossa meta é movimentar um milhão de toneladas em 2022, o que acreditamos ser possível se considerarmos os projetos fechados e previstos para o ano”, projetou. O executivo também traz sua opinião sobre as medidas que são necessárias para fomentar o ambiente de negócios do setor portuário brasileiro. Vamos então conhecer suas considerações:
Como foi o ano de 2021 para o senhor e sua empresa?
Todas as nossas expectativas e planos para 2020, freados pela pandemia, começaram a se concretizar neste ano de 2021. Registramos grande demanda simultânea em diferentes frentes – construção submarina, descomissionamento, projetos de construção submarina, projeto relacionado à transição energética, entre outras. Atracamos Floteis de grande porte, demos apoio logístico no fundeio para plataformas de perfuração, recepcionamos vários rebocadores para abastecimento, atuamos como base de apoio para um importante projeto de salvage de um cargueiro de soja e também para um projeto de modification de um navio de instalação offshore, incluindo a movimentação de linhas flexíveis e preparação da embarcação para lançamentos de cabos. O ano de 2021 foi, de fato, o ano de revitalização do Terminal Portuário de Angra dos Reis. Adicionalmente, não só realizamos grandes operações com clientes offshore, mas também retomamos a movimentação de carga geral, outra frente importante que pode impulsionar o desenvolvimento econômico da região Sul Fluminense.
O que sugere para o governo fazer e melhorar a nossa economia e dar mais força aos setores de petróleo, gás, energia e logística?
Trabalhamos em sinergia com os governos municipal, estadual e federal para ajudar a melhorar o ambiente de negócios no país. Para alavancar o setor portuário, especialmente o TPAR, acreditamos que é fundamental alavancar projetos de infraestrutura de transportes, como a duplicação da rodovia Rio-Santos, já prevista na nova concessão da NovaDutra, e a reativação do trecho ferroviário entre Barra Mansa e Angra dos Reis. Entre os beneficiados pela reativação deste modal estão os cafeicultores do polo de agronegócio do Sul de Minas, um dos maiores do país, responsável por cerca de 40% das exportações brasileiras de café, que teria uma alternativa logística para embarcar o produto por mais um porto, a um custo menor e ainda contribuindo com a redução de emissões de CO2. Com o apoio do governo mineiro, a concessionária se comprometeu a reativar o trecho ferroviário entre Varginha (MG) e Barra Mansa (RJ). Para a conclusão desse corredor logístico, ainda será necessária a reativação do trecho de 105 km entre Barra Mansa e Angra, um dos nossos pleitos atualmente.
Além dos investimentos em infraestrutura de transporte, outra bandeira levantada pelo empresariado fluminense e por nós é a defesa da redução de impostos estaduais como o ICMS, que chega a ser o dobro no Rio em relação a outros estados da federação. Essa majoração encarece, por exemplo, a importação de equipamentos, fundamentais para o desenvolvimento de nossa atividade e, consequentemente, a geração de emprego e renda para a região.
Também entendemos ser fundamental o retorno do Reporto como incentivo à modernização e ampliação da infraestrutura portuária.
Quais são as suas perspectivas e de sua empresa para 2022?
O Terminal Portuário de Angra dos Reis está localizado estrategicamente em águas abrigadas, cercado pela Bacia de Santos, próximo aos principais campos de produção do pré-sal brasileiro. O TPAR conta ainda com 400 metros de extensão de cais, disponibilidade de berço para atracação e retroárea de 80 mil metros quadrados com mais 50 mil metros quadrados de área de expansão, o que o credencia para assumir esse papel de protagonista nos próximos anos. Estamos investindo em melhorias operacionais e estruturais para ampliar a capacidade do TPAR de operar com navios de maior porte. Nosso objetivo é transformá-lo na principal base de apoio offshore da Bacia de Santos, além de conquistar mais projetos de movimentação de carga geral. Em termos de volume, entre todas as atividades, nossa meta é movimentar um milhão de toneladas em 2022, o que acreditamos ser possível se considerarmos os projetos fechados e previstos para o ano.
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