THIAGO BARRAL DIZ QUE BRASIL TEM META DE VIABILIZAR ATÉ TRÊS PROJETOS DE HIDROGÊNIO EM GRANDE ESCALA ATÉ 2030

barralO secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, participou nesta semana de uma audiência conjunta da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e da Comissão de Meio Ambiente do Senado. Na reunião, ele debateu as iniciativas do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). Em sua fala, Barral destacou que o Brasil é visto pelo mundo como um dos países com maior potencial na economia do hidrogênio. Mas, para alcançar esse posto de fato, é preciso viabilizar dois ou três grandes projetos até 2030, de modo a demonstar que o país é capaz de entregar empreendimentos do tipo nesse horizonte.

Viabilizando grandes projetos e demonstrando que o Brasil é capaz de entregar projetos competitivos de hidrogênio nesse horizonte [até 2030], a nossa visão é que em 2035 o Brasil pode consolidar os chamados hubs, que são os polos de hidrogênio”, declarou. “Um dos aspectos fundamentais, que colocamos em prática no segundo semestre do ano passado, foi a ampliação do financiamento para pesquisa, desenvolvimento e inovação voltados para o hidrogênio. O Brasil já possui mais de US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio anunciados e novos investimentos estão chegando ao país”, acrescentou o secretário do MME.

No contexto da estratégia delineada pelo PNH2, o Brasil tem como meta consolidar hubs de hidrogênio com baixa emissão de carbono até 2035. Nesse sentido, o Ministério de Minas e Energia  está atualmente empenhado no apoio ao desenvolvimento desses hubs, juntamente com a infraestrutura correspondente.

O Brasil tem potencial para explorar diversas rotas tecnológicas de produção de hidrogênio, em especial aquelas com baixa emissão de carbono, por conta da diversidade de recursos energéticos que o nosso país tem. Com o apoio da Empresa de Pesquisa Energética, o MME tem trabalhado no planejamento da infraestrutura de transmissão de energia para dar suporte ao desenvolvimento de hubs de hidrogênio no país, principalmente na região Nordeste, aspecto fundamental para a instalação de plantas de produção de hidrogênio a partir da eletrólise da água”, destacou Barral.

O secretário lembrou, ainda, a atuação do MME para obter financiamento a taxas competitivas para o desenvolvimento de projetos de hidrogênio no Brasil. “No início do segundo semestre de 2023, o Brasil obteve acesso, com a aprovação de seu Plano de Investimentos, a recursos concessionais de um fundo climático internacional, o Climate Investment Funds, para desenvolver o hub de hidrogênio no Porto de Pecém. Na COP 28 firmamos uma parceria junto com BNDES e o Banco Mundial para estabelecer um fundo para investimentos em projetos de hidrogênio no país, com taxas altamente competitivas. O financiamento do Banco Mundial deve viabilizar uma série de outras iniciativas que a gente tem trabalhado no âmbito do financiamento da pesquisa, desenvolvimento e inovação”, recordou o representante do MME.

Outro ponto importante destacado pelo secretário Thiago Barral foi o Marco Legal do Hidrogênio, atualmente em discussão no Congresso Nacional. “Um marco legal para o Brasil se mostra relevante para estabelecer as bases para a exploração do hidrogênio natural e também para que o Brasil possa contar com a chancela do estado para certificar a qualidade do hidrogênio que será produzido no país, mecanismo fundamental para apoiar os produtores brasileiros nos futuros processos de negociação internacional”, declarou.

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