TOTAL DIZ TER MUDADO DE TAMANHO NO BRASIL COM PARTICIPAÇÃO EM LIBRA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

A participação de 20% na área de Libra, arrematada ontem em consórcio com Shell (20%), Petrobrás (40%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), deu à francesa Total uma nova dimensão no Brasil. O presidente da companhia no país, Denis Palluat de Besset (foto), comemorou o resultado e disse que o fechamento do acordo foi fruto de uma discussão “normal” entre as parceiras, mas que eleva as operações da companhia em território nacional a outro patamar.

“Mudamos de tamanho. O Brasil é um país estratégico para nós. Somos um dos líderes do mundo em exploração em águas profundas e em projetos de grande magnitude, duas características presentes aqui”.

Besset ressaltou que a empresa já tem parcerias com a Shell e a Petrobrás, além de atuar em 12 blocos (sem contar Libra) no país, onde as atividades contavam com um contingente mínimo até pouco tempo atrás.

“Há uns três anos, éramos no máximo 10 pessoas no escritório brasileiro. Hoje, somos 45 e no ano que vem seremos pelo menos 80. Não vamos parar de crescer”, disse.

A empresa deverá investir cerca de US$ 300 milhões no Brasil em 2014, mas os números ainda não incluem as somas demandadas pela exploração em Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Só pela sua participação no leilão, a companhia pagará R$ 3 bilhões de bônus ao governo brasileiro, soma que deve ser depositada ainda em novembro, em data a ser definida pela ANP.

O percentual da empresa francesa na oferta chamou a atenção do mercado, que esperava grande apetite das petroleiras chinesas, mas o executivo descartou a possibilidade de entrarem com participação menor.

“Para nós, 20% é perfeito. Menos seria muito pequeno e 20% está muito bom”, afirmou.