TOTAL FECHOU 2020 COM PREJUÍZO E ANUNCIA MUDANÇA DE NOME, DE OLHO NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

A petroleira francesa Total divulgou nesta terça-feira (9) o seu balanço financeiro de 2020. Como era de se esperar, os números refletiram o cenário desafiador imposto pela pandemia do coronavírus, fazendo com que a companhia registrasse um prejuízo líquido de US$ 7,2 bilhões ao final do ano passado. Em 2019, a empresa europeia havia conquistado um lucro de US$ 11,2 bilhões.

A Total também divulgou que teve um impacto de cerca de 10 bilhões de dólares em ajustes contábeis associados à queda brusca dos preços do petróleo que aconteceram no ano passado. Especificamente falando do quarto trimestre, a empresa registrou um lucro líquido de US$ 891 milhões, tombo de 66% na comparação com mesmo intervalo de 2019, quando apurou ganhos de US$ 2,6 bilhões.

“O ano de 2020 foi marcado por duas grandes crises: a pandemia de covid-19, que teve um grande impacto na demanda mundial, e a crise do petróleo, que provocou a queda dos preços do petróleo tipo Brent abaixo dos 20 dólares por barril no segundo trimestre”, declarou o CEO da total, Patrick Pouyanné.

PETROLEIRA QUER MUDAR SEU NOME PARA TOTALENERGIES

O anúncio dos resultados financeiros da companhia trouxe ainda uma novidade importante. A empresa quer alterar sua marca e passar a se chamar TotalEnergies. É parte da estratégia de reduzir a presença de combustíveis fósseis em seus negócios. A meta da petroleira é reduzir dos atuais 55% para 30% a parcela dos derivados de petróleo em suas vendas totais até o final da década.

“Para ancorar esta transformação, o Grupo irá propor aos seus acionistas na Assembleia Geral Anual em 28 de maio de 2021, a alteração do seu nome para TotalEnergies. Eles terão, portanto, a oportunidade de endossar esta estratégia e a ambição subjacente de transição para a neutralidade de carbono”, escreveu Pouyanné em comunicado ao mercado.

No ano passado, a Total disse que investiu US$ 2 bilhões no segmento de Renováveis e Eletricidade. A companhia também afirmou que acrescentou 10 GW ao seu portfólio. Com a aquisição de 20% da incorporadora solar Adani Green Energy, no início deste ano, a empresa explicou que detém agora um portfólio de capacidade instalada bruta de 35 GW sob construção e em desenvolvimento até 2025. Desse total, 20 GW já se beneficiam de contratos de compra de energia de longo prazo.