TOTAL REGISTRA PREJUÍZO DE US$ 1,63 BILHÃO NO QUARTO TRIMESTRE E PLANEJA NOVOS CORTES

O baixo preço do barril de petróleo traz fortes impactos sobre o mercado internacional, e a cada dia novas empresas revelam perdas financeiras. A vez é da francesa Total, que divulgou nesta quinta-feira (11) seus resultados do quarto trimestre de 2015 e apresentou um prejuízo líquido de US$ 1,63 bilhão, além de queda de 28% nas receitas, que somaram US$ 37,75 bilhões ao longo do ano. Com o novo resultado negativo, a companhia planeja novos cortes em suas operações e planos de investimentos para 2016.

Embora tenha reduzido as perdas na comparação com o mesmo período do ano passado, quando somou US$ 5,66 bilhões em prejuízo, a empresa busca enxugar suas atividades para sobreviver no atual nicho de mercado. A petroleira reduziu em 15% seu planejamento de novos aportes em 2016, somando apenas US$ 19 bilhões, e planeja economizar US$ 3 bilhões até 2017. Entre outubro e dezembro, a Total viu seu lucro líquido ajustado chegar a US$ 2,08 bilhões, queda de 26% frente ao valor registrado em 2014. Diante das perdas acumuladas, a empresa estuda vender até US$ 4 bilhões em ativos, segundo seu CFO Patrick de La Chevardiere.

Apesar dos impactos do atual cenário de mercado, a empresa conseguiu reduzir seu volume de baixas contábeis. A queda foi quase pela metade: US$ 3,7 bilhões diante de US$ 6,5 bilhões no ano passado. O resultado foi recebido com boas perspectivas pelo mercado, que mantinha previsões pessimistas em relação ao balanço da companhia.

“Esses resultados confirmam o sucesso da estratégia do grupo de capitalizar sua posição no mercado”, afirmou em comunicado o CEO da Total, Patrick Pouyanné (foto). Segundo o executivo, a redução de custos, que superou as metas e chegou a US$ 1,5 bilhão em 2015, demonstra a eficácia do modelo adotado pela companhia.