TOTALENERGIES E A CNOOC ENFRENTAM AMBIENTALISTAS ESTRANGEIROS PARA SEGUIR COM OLEODUTO DE US$ 10 BILHÕES DE UGANDA PARA A TANZÂNIA
A gigante energética francesa TotalEnergies está enfrentando uma batalha para levar avante seu projeto na África. A empresa lançou uma avaliação para a aquisição de terras para projetos de US$ 10 bilhões em Uganda e na Tanzânia, criticados por ambientalistas. “Esta missão irá avaliar os procedimentos de aquisição de terras implementados, as condições de consulta, compensação e realocação das populações envolvidas, e o mecanismo de tratamento de reclamações”, acrescentando que apresentará o seu relatório até Abril. A TotalEnergies avança com o seu projeto de perfuração de Tilenga, em Uganda, e com o Oleoduto para Petróleo Bruto da África Oriental (Eacop) de 1.443 quilômetros até à costa da Tanzânia, enfrentando, óbvio, o mau humor daquele tipo de ambientalista, que não podem ver um progresso, mesmo que não seja a qualquer preço. Daqueles que chegam em casa de carro, tem energia, tem celular, liga as lâmpadas, tem geladeira, fogão, gás, banho quente e senta para ver a TV, como se tudo isso fosse produzido por uma espécie de milagre, como a poderosa e rica ong Human Rights Watch.
Tilenga tem como alvo o petróleo sob a rica reserva natural de Murchison Falls, no oeste de Uganda, com 419 poços planejados, provocando temores entre os oponentes dos projetos, mesmo levando trabalho e riqueza para as carentes populações locais. A TotalEnergies, que está consorciada com a empresa petrolífera chinesa CNOOC, n tem nos planos “realocar 775 residências primárias e afetará um total de 18.800 partes interessadas, proprietários e utilizadores de terras”.
A Human Rights Watch apelou em Julho à suspensão desses planos, afirmando num relatório que já tinham sido “devastado os meios de subsistência de milhares de pessoas no Uganda”. O campo petrolífero, sendo a ONG, “no final das contas deslocaria mais de 100 mil pessoas”, acusou. Quatro grupos ambientalistas apresentaram uma queixa criminal por motivos climáticos contra a TotalEnergies, na França. A TotalEnergies nomeou o ex-primeiro-ministro do Benin, Lionel Zinsou, para liderar a avaliação da aquisição de terras, chamando-o de “especialista reconhecido no desenvolvimento econômico africano”. Zinsou já trabalhou com a TotalEnergies através de sua empresa de consultoria.
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