TOTALENERGIES MOSTRA APETITE PELO SETOR DE ÓLEO E GÁS DO CONGO E ANUNCIA INVESTIMENTO DE US$ 600 MILHÕES | Petronotícias




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TOTALENERGIES MOSTRA APETITE PELO SETOR DE ÓLEO E GÁS DO CONGO E ANUNCIA INVESTIMENTO DE US$ 600 MILHÕES

Patrick PouyannéA francesa TotalEnergies anunciou que investirá US$ 600 milhões para fortalecer as atividades de exploração e produção na República do Congo em 2024. O investimento será usado para financiar a exploração e manter a produção no campo offshore profundo Moho Nord, que representa aproximadamente metade de toda a produção de petróleo congolesa, ou cerca de 140.000 barris por dia (bpd). O campo Moho Nord operado pela TotalEnergies reúne quatro reservatórios que se estendem por 320 km² em profundidades de água de 750 m a 1.200 m. Assim, o compromisso da TotalEnergies com a produção de petróleo da República do Congo está pronto para garantir uma produção adicional de 40.000 bpd, somando-se aos níveis atuais do país de 267.000 bpd. A TotalEnergies também opera o bloco offshore profundo Marine XX, que se estende por uma área de 3.285,8 km² em profundidades de água de até 2.000 m. Duas plataformas de perfuração chegaram ao bloco este mês, com o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné (foto), expressando seu otimismo de que o campo produzirá uma descoberta antes do final do ano.

Em abril deste ano, a TotalEnergies assinou um acordo – através de sua subsidiária TotalEnergies EP Congo – para adquirir uma participação de 10% no bloco Moho da empresa de petróleo e gás Trident Energy. Após a conclusão desta transação, a TotalEnergies deterá uma participação operacional no bloco de 63,5%, ao lado da Trident Energy, que manterá uma participação de 21,5%, e da empresa estatal de petróleo da República do Congo, Société Nationale des Pétroles du Congo (SNPC), que deterá uma participação de 15%.

imagesO investimento de US$ 600 milhões da TotalEnergies mostra que a petroleira está na República do Congo para ficar. O petróleo e gás do Congo podem desempenhar um papel muito maior na mitigação da pobreza energética e na promoção da industrialização na África, e parcerias com empresas como a TotalEnergies serão instrumentais para atingir esses objetivos. Esperamos testemunhar novas descobertas nos próximos meses”, afirmou o presidente executivo da Câmara de Energia Africana, NJ Ayuk (foto à direita).

Além do plano de investimento da TotalEnergies, a República do Congo deve se beneficiar de uma nova parceria estratégica com a Argélia no campo dos hidrocarbonetos e da energia. Um memorando de entendimento foi assinado entre o Ministro de Energia e Minas da Argélia, Mohamed Arkab, e o Ministro dos Hidrocarbonetos da República do Congo, Bruno Jean-Richard Itoua, em 21 de maio, para permitir o desenvolvimento de um novo roteiro para as relações bilaterais entre os dois países. O acordo também facilitará o compartilhamento de expertise entre a estatal argelina Sonatrach e a SNPC, liderada por Raoul Ominga, no campo do downstream do petróleo. Os dois países também expressaram seu otimismo e apoio ao desenvolvimento de um Banco de Energia Africano para focar investimentos em projetos de petróleo e gás em todo o continente.

imageresizeEsses desenvolvimentos importantes vêm após a confirmação da formação de um novo Plano Diretor de Gás no país pelo Ministério dos Hidrocarbonetos da República do Congo durante a cúpula Invest in African Energy 2024 em Paris neste mês. Atualmente em suas fases finais, o novo plano fornecerá um quadro que incentiva o desenvolvimento do setor nacional de gás, servindo como um roteiro para aproveitar os recursos de gás para consumo doméstico e exportação.

O novo Plano Diretor de Gás está sendo desenvolvido pela SNPC, com apoio da empresa de inteligência energética Wood Mackenzie. O CEO da SNPC, Raoul Ominga (foto à esquerda), tem trabalhado em estreita colaboração com o Ministério para obter a aprovação final. Isso abrirá a porta para muitos investimentos no setor de gás no Congo. Além dos campos estabelecidos da República do Congo, o plano abre a porta para negociar contratos existentes e deve culminar no estabelecimento de um novo código de gás no país. O novo código está preparado para facilitar a comercialização de ativos não explorados e gás natural queimado enquanto permite que o governo faça mudanças nos termos fiscais atuais e torne projetos de pequena escala mais viáveis economicamente. A aprovação pelo parlamento para o novo código é esperada até junho deste ano, segundo o Ministro Itoua.

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