TOTALENERGIES PROMETE PAGAR DE 4 A 6 MIL EUROS EXTRAS EM DEZEMBRO, MAS PETROLEIROS EM GREVE DECIDEM DEIXAR A FRANÇA SEM COMBUSTÍVEL
Está faltando combustível na França. A greve nas refinarias do grupo TotalEnergies interrompeu seriamente o fornecimento de combustível nesta sexta-feira (14), depois que o sindicato de esquerda da CGT rejeitou um acordo sobre um aumento salarial com o qual dois outros sindicatos concordaram. Longas filas de carros podiam ser vistas em toda a França enquanto os motoristas esperavam, às vezes por horas, para abastecer. Muitos postos de gasolina fecharam temporariamente enquanto aguardam as entregas. Cerca de 30% dos postos de gasolina da França estão enfrentando escassez temporária, sendo a área de Paris e o norte da França são as mais afetadas. Os sindicatos CFDT e CFE-CGC, que juntos representam a maioria dos trabalhadores franceses do grupo, concordaram durante a noite com um aumento salarial de 7% e um bônus financeiro. Mas a CGT rejeitou o acordo, defendendo um aumento salarial de 10%.
Os grevistas estão exigindo salários mais altos do que eles acham que deveria ser sua parte nos lucros inesperados gerados pelos altos preços do petróleo e do gás em meio à crise energética global agravada pela guerra da Rússia na Ucrânia. A Total disse em comunicado hoje que “o acordo majoritário, aumentará os salários de todos os seus funcionários na França em 2023 em 7%”. A empresa pediu o fim das greves em todos os seus locais e disse que pagará em dezembro um bônus de um mês de salário, entre 3.000 e 6.000 euros, a seus funcionários em todo o mundo, na tentativa de compartilhar seus lucros com os altos preços do petróleo. O partido de esquerda radical La France Insoumise, de Jean-Luc Mélenchon, anunciou que organizaria uma marcha contra o aumento do custo de vida no domingo, já que “chegou a hora de um confronto com o governo”. Os grevistas também apontam para o descompasso entre a falta de aumentos salariais significativos.
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