TRABALHADORES DA ELETRONUCLEAR DE ANGRA DOS REIS DECIDEM PELO FIM DA GREVE APÓS RECUO NO PLANO DE CORTE DE GASTOS
Chegou ao fim a greve dos trabalhadores da Eletronuclear em Angra dos Reis (RJ). Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (29), em frente à central nuclear de Angra, os funcionários aprovaram os termos do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026 propostos pela direção da empresa. Durante a negociação, a diretoria da estatal e os sindicatos também assinaram um termo de compromisso que revê alguns dos pontos mais controversos do plano de corte de gastos proposto pela atual gestão da companhia.
O Petronotícias teve acesso ao teor do termo de compromisso assinado pelas partes. Nele, a empresa se comprometeu a converter o Programa de Desligamento Complementar (PDC) em Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Para lembrar, o PDC previa o desligamento compulsório de 90 funcionários já aposentados, medida que gerou forte reação sindical. Com a mudança, a adesão passa a ser facultativa. “A medida atende à reivindicação das entidades sindicais e visa assegurar tratamento isonômico entre os colaboradores elegíveis, respeitando os princípios da legalidade, da eficiência e da economicidade“, diz o termo de compromisso assinado hoje.
Além disso, o documento também prevê adiar para 2026 a decisão sobre a eventual cobrança pelo uso das residências funcionais nas vilas de Angra dos Reis. Antes do acordo, a diretoria da Eletronuclear pretendia implementar a cobrança, incluindo os custos com água e energia elétrica. Com o novo entendimento, a gestão da companhia realizará estudos técnicos e financeiros para avaliar os impactos da medida. O objetivo, segundo o termo assinado, é garantir que qualquer deliberação futura esteja em conformidade com o planejamento estratégico da empresa e com o interesse público.
A paralisação dos empregados da companhia em Angra dos Reis durou pouco mais de 20 dias e foi motivada por uma série de reivindicações. Além de mudanças no plano de austeridade imposto pela direção da companhia desde o início do ano, os empregados pleiteavam um reajuste salarial. No ACT assinado nesta terça-feira, está previsto um reajuste de 3,69% (referente a 100% do IPCA período compreendido entre maio de 2023 e abril de 2024) a partir de 1º de maio de 2024. O documento também indica o reajuste do IPCA integral, em índice a ser divulgado pelo IBGE, referente ao período de maio de 2024 e abril 2025, a partir de 1º de maio deste ano.
Aparentemente houve movimentação de combustível durante a greve, numa decisão gerencial que priorizou o aspecto econômico em detrimento da segurança. Caso de fato esta operação tenha sido feita com grande parte dos funcionários em greve, privando o reator de todas as suas alternativas em caso de eventos não previstos, a cultura de segurança em Angra que prevê a segurança como prioridade absoluta em quaisquer circunstâncias, teria sido “adaptada”. O que poderia ter levado pessoas experientes a esta revisão de prioridades, talvez, apenas talvez, tenha sido a pressão de pessoas não experientes, mas com reserva política de poder e ocupando o… Read more »
O problema é a manutenção com salários altíssimos de muitos já aposentados. Recebem o salário e muitos ali entraram sem concurso e não tem qualificação técnica desde sua admissão. Os candidatos que entraram nos 2 últimos concursos provaram por mérito através de provas sua capacidade pra serem contratados. Muitos que entraram sem concurso são muito qualificados e se especializaram outros entraram com uma formação muito fraca e ficaram garantidos durante toda a carreira. A empresa só vai melhorar quando só restar funcionários realmente preparados. Acho ridículo usarem argumentos ” dedicou uma vida a emoresa” e eu respondi “e foi muito… Read more »