TRABALHADORES DA ELETRONUCLEAR FARÃO PROSTESTO CONTRA O GOVERNO DIANTE DA DEMORA NA DEFINIÇÃO DO NOVO PRESIDENTE DA EMPRESA
O clima nos bastidores da Eletronuclear voltou a ficar agitado diante da indefinição sobre quem assumirá a presidência da estatal. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Paraty e Angra dos Reis (Stiepar) marcou para a noite desta quinta-feira (21) uma manifestação contra o governo federal, em protesto pela demora na escolha de um nome definitivo para a liderança da companhia.
O ato terá como principal alvo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apontado como responsável por travar o avanço na indicação de novos nomes para a gestão da Eletronuclear. Os sindicalistas também pretendem cobrar do presidente Lula uma postura mais firme diante do impasse. Por fim, o sindicato também pede a saída do atual diretor administrativo da estatal, Sidney Bispo.
Desde a saída de Raul Lycurgo da presidência da Eletronuclear, em julho, a empresa vem sendo comandada interinamente pelo diretor-técnico Sinval Gama. Passado mais de um mês, ainda não houve avanços nas articulações do governo para bater o martelo sobre o novo presidente.
Entre os nomes cotados está o de André Osório, atual chefe de gabinete da presidência da Eletronuclear. Ele tem boa aceitação tanto no setor quanto entre os trabalhadores. Como o Petronotícias publicou em primeira mão, Osório já foi indicado para o cargo. Seu nome chegou a passar com sucesso pela Casa Civil, mas agora aguarda parecer do Ministério de Minas e Energia para prosseguir com a nomeação. Além dele, Gabriel Peçanha também recebeu a indicação para a Diretoria de Gestão Administrativa da empresa.
Enquanto isso, fontes do mercado apontam que Sidney Bispo, que também chegou a ser cogitado como novo presidente, perdeu espaço na disputa. Agora, ele busca permanecer na Diretoria de Gestão Administrativa. Contudo, enfrenta uma forte resistência da maior parte do quadro de funcionários e dos sindicalistas.
O protesto do Stiepar está previsto para ocorrer durante um seminário promovido pela Eletronuclear no Cineteatro de Praia Brava, em Angra dos Reis (RJ), a partir das 18h. O sindicato também alega que a indefinição na gestão da companhia pode gerar problemas operacionais na operação das usinas Angra 1 e Angra 2. Procurada, a estatal nos enviou a seguinte nota: “A Eletronuclear informa que segue operando normalmente, sem qualquer risco, tanto no funcionamento das unidades Angra 1 e Angra 2, bem como em todas as demais atividades da empresa. A companhia reafirma seu compromisso com a operação segura e contínua de suas instalações nucleares e com diálogo e a transparência de sua gestão.“
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