TRABALHADORES DE EMPRESAS CONTRATADAS PARA AS OBRAS DA P-62 COBRAM PAGAMENTOS ATRASADOS
Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –
Prestadores de serviço e fornecedores de equipamento que atuaram obras de construção do FPSO P-62, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), cobram do consórcio Camargo Correia e Iesa (CCI) pagamentos pendentes. Em decorrência do atraso, trabalhadores dessas empresas ficaram sem receber cerca de 3,5 milhões de reais. Como a plataforma já saiu do canteiro, para ser finalizada em alto-mar, não há mais a possibilidade de se paralisarem as atividades.
Em e-mails trocados com uma das empresas contratadas, a CCI disse não ter data para pagamento das notas em atraso. Os funcionários dessa companhia tiveram acesso a uma dessas conversas, que revela que a situação seria consequência direta da falta de pagamentos ao consórcio por parte da Petrobrás. A estatal alega, no entanto, estar em dia com suas obrigações e que os pagamentos dos compromissos reconhecidos com o consórcio são realizados de acordo com a legislação vigente e com os prazos estabelecidos contratualmente.
De acordo com a Petrobrás, eventualmente empresas contratadas apresentam pleitos de pagamentos adicionais, o que não representa necessariamente a existência de dívidas. Eventuais pedidos são submetidos a avaliações técnicas, de comissão constituída para esse fim, e jurídica. O consórcio CCI não respondeu à reportagem até o fechamento da matéria.
Os empregados mais prejudicados com a situação são os de companhias de pequeno e médio porte, que não têm condições de arcar com os custos referentes aos pagamentos atrasados da contratante. Diante das promessas de donos de algumas dessas empresas de pôr imóveis à venda para quitar as dívidas, os trabalhadores decidiram, por enquanto, não colocar processos.
A obra já foi alvo de reivindicações de trabalhadores em 2013, quando foram exigidas melhorias nas condições de trabalho e extensão de benefícios salariais, na ocasião houve paralisações. Inaugurada em dezembro daquele ano, a P-62 já for interditada pelo Ministério do Trabalho em função de pendências de segurança e só poderá começar a produzir após nova inspeção, que será feita após o término das obras. A plataforma será instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, e deverá produzir até 180 mil barris de petróleo por dia.
Agora só resta a CCI arcar com suas obrigações, pois nós estamos até hoje sem nossos pagamentos e a Petrobras também não tem intenção nenhuma de arcar com estes pagamentos.
Senhores Diretores da CCI, já está na hora de vocês criarem VERGONHA NA CARA, e quitarem as dívidas que vocês subtraíram com a P-62. A Petrobrás já deixou claro que não deve mais nada a vocês, honrem com os compromissos assumidos por vocês, chega de desculpas esfarrapadas. BASTA!!!!!!