TRABALHADORES DO COMPERJ OCUPAM ESTRADA EM ITABORAÍ DURANTE MANIFESTAÇÃO

Cerca de 2,9 mil operários, entre recém demitidos e contratados, da Alumini, uma das empresas responsáveis pela construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ocuparam na manhã desta terça-feira (13) o Trevo da Reta, em Itaboraí. Os funcionários protestam contra o atraso no pagamento de salários, vale alimentação, plano de saúde e benefícios sociais.

Em novembro e dezembro, alguns empregados foram demitidos, e até agora não receberam a última parcela do acordo feito no Ministério Público do Trabalho (MPT), para quitação das verbas rescisórias.

O momento mais emblemático das manifestações foi na última quinta-feira (08), quando os trabalhadores conseguiram impedir a entrada dos ônibus no Comperj e paralisaram a obra. Três empresas, no entanto, conseguiram furar o bloqueio e retomaram suas atividades. Mas nesta terça-feira, os ônibus que transportam os empregados não conseguiram entrar nas obras. Devido à confusão, um forte contingente de policiais foi deslocado para o local para impedir o fechamento das rodovias BR-101 e RJ-116.

O gerente de empreendimento da Petrobrás, Wagner Menezes, foi indagado pelos presentes sobre a possibilidade do pagamento ser feito via Petrobrás, usando dos 5% do fundo de reserva para contratos, ao que respondeu que “esse caso não haveria a possibilidade porque o contrato é anterior a abril de 2014, quando a medida foi instituída”.

A empresa deixou de pagar seus funcionários do Comperj porque suas contas bancárias foram bloqueadas pela Justiça do Trabalho de Ipojuca, em Pernambuco, para pagamento de débitos com os trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima. Para garantir o pagamento dos trabalhadores, o Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção do Município de Itaboraí (Sintramon) entrou na Justiça do Trabalho de Itaboraí na última sexta-feira (09).

Uma reunião entre o presidente do Sintramon, Paulo César Quintanilha, diretores do sindicatos, representantes da empresa e da Petrobrás está marcada para hoje no Ministério Público do Trabalho, em Niterói, às 13 horas.