TRABALHADORES PROTESTAM CONTRA CORTE E NOVAS DEMISSÕES DA USIMINAS EM CUBATÃO
O cenário tem sido conturbado ao longo dos últimos meses na indústria brasileira e não há sinal de melhora a curto prazo, à medida que apenas cresce o número de demissões no país. Atingidos em cheio pelos novo corte de atividades e empregos anunciado recentemente pela Usiminas, trabalhadores protestam desde cedo nesta quarta-feira (11) em frente à sede da companhia em Cubatão (SP) e farão novo ato em frente à Prefeitura às 11h. O movimento é contrário à paralisação da produção de aço na usina da cidade, anunciada há cerca de duas semanas, em uma redução de operações que pode levar à demissão de até 4 mil funcionários diretos da empresa.
A usina é responsável por milhares de empregos diretos e indiretos em Cubatão, que depende em grande parte da movimentação gerada pela empresa. No total, estima-se que a companhia movimente até 8 mil empregos na região. A prefeitura da cidade decretou ponto facultativo a partir das 11h nesta quarta-feira para incentivar a manifestação dos trabalhadores.
O ato vem sendo liderado por lideranças da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato da Construção Civil, mas conta com a adesão de civis e moradores do entorno. Logo pela manhã os manifestantes tentaram impedir a entrada de ônibus que conduziam funcionários para trabalhar na companhia, mas foram repreendidos pela Polícia.
O corte aprovado pela Usiminas traz grande impacto sobre o complexo industrial da região, e vem sendo analisado com preocupação pelos prefeitos locais. Representantes estaduais e federais prepararam documentos exigindo a suspensão da redução de atividades da siderúrgica, e deverão se reunir com a diretoria da empresa nesta quinta-feira (12) para debater possíveis soluções.
No final do mês de outubro, a companhia divulgou um comunicado em que anunciava a desativação de sua produção de aço bruto e líquido. Segundo a diretoria, a medida tem como objetivo “tornar a Usiminas mais competitiva no mercado nacional”. A nova interrupção afeta as atividades de sinterizações, coquerias, altos fornos e aciaria. Impactada pelo cenário de dificuldades, a empresa registrou um prejuízo de R$ 1,04 bilhão no terceiro trimestre deste ano.
Deixe seu comentário