TRABALHO DA TRANSPETRO É ELEITO O SEGUNDO MELHOR DA CONFERÊNCIA DE CALGARY | Petronotícias




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TRABALHO DA TRANSPETRO É ELEITO O SEGUNDO MELHOR DA CONFERÊNCIA DE CALGARY

Victor CostaCalgary – CA – Um trabalho da Transpetro foi considerado o segundo melhor da International Pipeline Conference (IPC), que terminou nesta sexta-feira(3), em Calgary, no Canadá. O projeto, apresentado pelo engenheiro Victor Carlos Teixeira da Costa, da coordenação de manutenção da faixa de dutos do Espírito Santo, envolveu o mapeamento dos cruzamentos de rodovias e ferrovias com dutos brasileiros, incluindo a adoção de medidas para proteger as estruturas. A premiação foi anunciada durante o almoço realizado pela Petrobrás no Hotel Hyatt, que reuniu toda a comunidade internacional do segmento de dutos, incluindo empresas brasileiras como Petrobrás, Liderroll, TAG, PH Dutos e a própria Transpetro, além do IBP. A ANP não enviou representantes oficiais, apesar de ter apresentado um trabalho sobre meio ambiente. Realizado em parceria com mais três engenheiros, o trabalho da Transpetro contabilizou 8.284 cruzamentos com gasodutos, sendo que 2% foram classificados como sendo de alto risco, e adotou medidas para reforçar a segurança deles. Victor conta que o projeto surgiu após a criação de um grupo de trabalho em 2010, voltado à mitigação de riscos de acidentes com gasodutos. O grupo surgiu após uma obra da prefeitura de Mogi das Cruzes (SP) atingir um duto de gasolina, gerando um vazamento em alta pressão na região naquele mesmo ano.

Qual foi o trabalho que você apresentou?

Foi sobre avaliação de risco e cruzamento com gasodutos – a passagem de dutos por baixo de rodovias, ferrovias, estradas pavimentadas e não pavimentadas. Exclui apenas travessia com rio.

Pode detalhar um pouco?

Nós criamos uma metodologia, um algoritmo para quantificar o risco de um duto ser atingido por uma ação não autorizada de um terceiro. Então, de acordo com a profundidade em que o duto se encontra, criamos um grupo de trabalho, para avaliar esse risco, cruzamento por cruzamento, para adotar uma medida mitigadora dependendo do risco que houver. Depois que criamos esse algoritmo, quantificamos quantos cruzamentos existiam na divisão de gás natural na Transpetro.

E quantas foram?

Levantamos, só com gasoduto, 8.284 cruzamentos com rodovias e ferrovias. Desse quantitativo avaliamos os riscos em Alto 2, Alto 1, Moderado 2, Moderado 1 e Baixo. Para os que foram classificados como Alto 1, Alto 2 e Moderado 2 tivemos que adotar medidas mitigadoras, como colocar placas de concreto, encamisar os dutos, enfim, algum tipo de proteção mecânica.

E qual foi o resultado?

Com esse trabalho conseguimos ver que de todos os pontos, apenas 2% eram risco Alto 1 e 2, então poucos precisavam de alguma proteção mecânica, e mais 1,6% eram Moderado 2, que estão sendo tratados continuamente.

Quando começou esse trabalho?

Em 2010, após um acidente com um duto que transportava gasolina em Mogi das Cruzes, um duto antigo, que passava por baixo de uma estrada municipal não pavimentada e a prefeitura, fazendo a patrolagem da rodovia, da estrada municipal, acertou o duto, levando a um vazamento de gasolina em alta pressão. Após isso, a Transpetro viu a necessidade de criar um grupo de trabalho para mapear todos os cruzamentos que tinham com dutos. Com essa demanda, o grupo encontrou uma bibliografia de um autor americano sobre avaliação de riscos com dutos. Nos baseamos naquela metodologia, adaptamos para a realidade brasileira e com isso fizemos esse procedimento, que consiste primeiro em identificar os cruzamentos e depois fazer o levantamento de campo, com um detector de dutos. Então todos os técnicos foram mobilizados para trazerem essas informações para os engenheiros fazerem avaliação de risco.

Como foram avaliados?

Dividimos em uma série de índices de risco. O primeiro, chamamos de índice de cobertura mínima, com levantamento de profundidade real e, para cada proteção mecânica que existe no cruzamento, vai-se criando uma cobertura adicional equivalente. Então se tiver uma placa de concreto, existe 50 cm de terra equivalente; enquanto uma fita de aviso equivale a 15 cm de cobertura de terra, entre outras medidas. O segundo índice é relativo à proteção da superfície, avaliando se a rodovia é pavimentada ou não, por exemplo. O terceiro é o índice de atividade próximo à faixa de dutos, como densidade populacional e quantidade de ações de terceiros não autorizadas, com a consequente classificação dos riscos. O quarto era sobre o plano de comunicação entre as partes interessadas. O quinto é o índice de condição da faixa de dutos, dividido em subitens, como limpeza da faixa e sinalização dela.

O trabalho foi feito somente por você?

Não. Fui eu e mais três pessoas: Eduardo Lopes, da diretoria de gás natural, a Deise, da manutenção da malha de dutos setentrional, e o Bruno Gonçalves, que é da manutenção da faixa de dutos de São Paulo. Eu sou da manutenção da faixa de dutos do Espírito Santo.

Todos esses trabalhos já foram feitos?

Praticamente. Pode ter um ou outro que ainda depende de algumas burocracias, como os que estão em áreas ambientais, mas basicamente todos os riscos Alto 1 e Alto 2 foram tratados.

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Julio Alonso
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Caro Victor,
A ASEL-TECH, empresa brasileira com patentes mundiais de SISTEMAS DE DETECÇÃO DE VAZAMENTOS PARA DUTOS, exportando para muitos paises, tem tecnologia para contribuir com o trabalho de voces.
Ficamos a disposição!
Atenciosamente