TRAMA POLÍTICA PODE ESTAR POR TRÁS DE DENÚNCIA FALSA DE ASSÉDIO MORAL NA NUCLEP PARA TIRAR A ATUAL DIRETORIA
Por trás de uma denúncia feita pelo Ministério Público do Trabalho contra a Nuclebrás, pode estar um engenhoso jogo de interesse para políticos assumirem o comando da companhia, como estão tentando fazer há meses. De repente, a Procuradoria Pública do Trabalho divulgou uma ação em que o Procurador Renato Silva, de Itaguaí, movia uma ação pública pedindo, acredite, R$ 20 milhões, por um possível assédio moral que teria sido feito, segundo o site G1, “por gestores da empresa, alguns militares das Forças Armadas que comandavam a companhia”. O Procurador do Trabalho alega que 15 servidores sofriam assédio moral e passaram a ser perseguidos após fazer denúncias de irregularidades praticadas na empresa por seus gestores.
A “investigação” teria começado em agosto de 2014 após “denúncia” de um servidor. Ele se disse vítima de assédio moral. O funcionário, que não foi identificado, disse ao MPT que a prática acontecia desde 2011, quando além da perseguição recebeu uma série de punições apontadas como “arbitrárias”. O servidor teria relatado em depoimento, que teria tentado suicidar-se nas dependências da empresa no município de Itaguaí.
O procurador teria ouvido acusadores e testemunhas, mas não ouviu a atual direção da empresa, quando o processo, apesar de correr em segredo de justiça, segundo o MPT de Itaguaí, foi tornado público na reportagem com a participação do próprio procurador e pelo Departamento de Comunicação da procuradoria. A Associação de Empregados da Nuclep informou, na investigação, que o assédio moral, e outros abusos dele decorrentes, se tornaram constantes, desde quando os cargos de confiança passaram a ser destinados a gestores militares em setores estratégicos da empresa.
O curioso é que esses assédios, segundo alega-se, começaram há seis anos. Há três anos, abriu-se o processo e só agora, foi divulgado por um site de notícias e pela própria Comunicação Social do Ministério Público do Trabalho, mesmo em segredo de justiça. Há a suspeita, em função dessas evidências, que ou o Ministério Público do Trabalho está a serviço de políticos interessados ou o Ministério Público do Trabalho está inocente, mas sendo manipulado nessa história, prestando um serviço indireto a pelo menos três deputados federais e políticos locais que já tentaram assumir a empresa, querendo colocar em cargos chaves da direção de uma das mais importantes companhias nucleares do país, pessoas desqualificadas profissionalmente para assumir estas funções, como o Petronotícias denunciou em várias reportagens. O processo de desqualificação, é uma arma antiga e conhecida de muitos políticos. Há muito para ser esclarecido, como a informação de que os militares acusados de fazerem assédio moral desde 2014. Na verdade, eles assumiram a direção da empresa somente em 2016, com a evolução do projeto secreto dos submarinos e, especialmente, do submarino nuclear tomou vulto na companhia.
O Deputado Celso Pansera, conhecido como “pau mandado” do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por corrupção e formação de quadrilha, preso em Curitiba, tentou impor o nome Luciana Camargo da Silva para assumir a direção administrativa financeira da Nuclep. Além disso, com apoio dos Deputados Glauber Braga, Áureo Ribeiro, Alexandre Vale Cardoso e do ex-prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, quiseram impor na direção comercial da empresa o nome de Luiz Renato de Almeida, ex-fiscal do Ministério do Trabalho de Duque de Caxias. Uma pessoa desqualificada para uma das funções mais sensíveis de uma empresa que lida com segredos militares de grande interesse da Marinha Brasileira e da soberania do país. São segredos guardados a sete chaves pelos militares, que muitos oficiais de alta patente não podem ter acesso. A própria comissão interna de avaliação dos currículos, a Comissão Provisória de Elegibilidade, rejeitou a nomeação. E mais tarde, a própria justiça vetou que todos assumissem os cargos. Inclusive Siciliano Francisco que, dentro do esquema montado, era o indicado para a assumir a presidência. A decisão foi da Juíza Rafaela de Freitas Baptista de Oliveira.
Especula-se a ligação de amizade entre o fiscal do Ministério do Trabalho Luiz Renato de Almeida e o Procurador do Ministério Público do Trabalho, Renato Silva, além dos Deputado Alexandre do Vale, que teria apadrinhado diretamente o candidato a vereador por Itaguaí, Davi Neves, o membro mais influente da Associação de Funcionários da Nuclebrás, que pretendia ser Diretor do Terminal Marítimo da Nuclep, na Baía de Sepetiba. A Baía de Sepetiba é porta de entrada de mercadorias de toda ordem, investigada pela Polícia Federal como um provável ponto de entrada de armas e drogas. Davi Neves “impactantes” 348 votos, não foi eleito e nem teve sua pretensão atendida, na direção do Terminal Marítimo.
O Petronotícias procurou falar com todas essas pessoas que parecem fazer parte de uma trama orquestrada para desqualificar a atual direção da companhia para que os apadrinhados políticos assumam o comando da Nuclep. O Petronotícias teve uma informação que todo este enredo político já chamou a atenção dos órgãos de inteligência brasileiros, principalmente da Marinha, por se tratar de um ponto sensível a soberania do país. Há investigações em curso e quem for pego forjando informações, terá que responder seriamente aos órgãos que estão investigando.
O Petronotícias falou pelo telefone com Davi Neves, que quis se eximir das acusações, disse que não foi a Associação quem denunciou e prometeu apresentar uma dessas pessoas que teriam sido vítimas de assédio por parte da direção da empresa. Mas não o fez depois de saber do que seu nome também fazia parte das investigações da reportagem. Procuramos também o Procurador Federal Renato Silva. Na quarta, ele precisou sair mais cedo e nos foi informado por um de seus assessores, identificado como Fernando, que ele só voltaria na próxima semana. Renato Salles teria outros compromissos. Todas as preocupações foram levadas a ele, que se recusou a falar e disse apenas que o processo estava em segredo de justiça, muito embora tenha passado informações para o G1 e para o Deputado Glauber Braga, que falou em seu nome no Plenário da Câmara, misteriosamente para dizer que o procurador Renato Silva disse que “ A situação na Nuclep estava muita violenta. Precisamos ajuizar essa ação civil numa tentativa de frear esse violência contra os servidores”. Diante dessa afirmação é preciso que os órgãos superiores e de investigação, inclusive a corregedoria do Ministério Publico do Trabalho, entre em cena para que tudo fique esclarecido da melhor maneira e da forma mais rápida possível.
A Nuclep é uma sociedade de economia mista federal que atua na área de calderaria pesada, com projetos e comercialização de componentes para usinas nucleares e construção naval, com sede em Itaguaí, no Rio, que desenvolve projetos estratégicos, reconhecida internacionalmente por sua qualidade. Em nota, a Nuclep afirmou que “ Desconhece os fatos citados na reportagem, e que sequer foi citada, até o presente momento, para responder ou esclarecer qualquer questão”. A empresa afirmou ainda que “ Não aceita qualquer forma de desrespeito a seus empregados, e que zela para que as relações entre funcionários e colaboradores se deem em um ambiente de harmonia, de acordo com o Código de Ética da Nuclep.”
NOTA 1 – Assessoria do ex-prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, enviou a seguinte nota:
“Venho esclarecer a respeito da matéria publicada no site PETRONOTÍCIAS sob o título; A TRAMA POLÍTICA PODE ESTAR POR TRÁS DE DENÚNCIA FALSA DE ASSÉDIO MORAL NA NUCLEP PARA TIRAR A ATUAL DIRETORIA, que o ex-prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso não fez qualquer indicação para a diretoria da NUCLEP. Na matéria o ex-prefeito é citado por ter dado apoio junto com outros políticos a indicação para a diretoria comercial da empresa do ex-fiscal do Ministério do Trabalho de Duque de Caxias, Luiz Renato Almeida, fato esse nunca ocorrido. Não houve qualquer apoio ou indicação do ex-prefeito Alexandre Cardoso”.
NOTA 2 – Apesar de ter feito um discurso na Câmara Federal, citando o Promotor José Renato e relevado informações que estão em segredo de justiça, o Deputado Glauber Rocha encaminhou um oficio à Redação do Petronotícias, negando o apoio à pessoas interessadas em assumir a direção de Nuclebrás, pleiteando um direito de resposta. Como é tradição do Petronotícias, publicamos na íntegra a mensagem enviada pelo Deputado:
“Em data de 21 de agosto do corrente, foi divulgada notícia na página da ora notificada, com o seguinte teor “TRAMA POLÍTICA PODE ESTAR POR TRÁS DE DENÚNCIA FALSA DE ASSÉDIO MORAL NA NUCLEP PARA TIRAR A ATUAL DIRETORIA.”
Em síntese, a matéria relata que existe um “engenhoso jogo de interesse para políticos assumirem o comando da companhia …”, fato este que estaria por trás de uma denúncia feita pelo Ministério Público do Trabalho contra Nuclebrás.
No texto, notícias dão conta de que alguns Deputados Federais tentaram “assumir a empresa”, tentando emplacar pessoas para assumirem cargos chaves na empresa, mesmo que desqualificadas para tanto. Em face do ora notificante, pesa o fato de que teria apoiado a indicação do nome de Luiz Renato Almeida, ex-fiscal do Ministério do Trabalho de Duque de Caxias, para assumir a Direção Comercial da Nuclep, verbis: “O processo de desqualificação, é uma arma antiga e conhecida de muitos políticos. Há muito para ser esclarecido, como a informação de que os militares acusados de fazerem assédio moral desde 2014. Na verdade, eles assumiram a direção da empresa somente em 2016, com a evolução do projeto secreto dos submarinos e, especialmente, 2 do submarino nuclear tomou vulto na companhia. Conhecido como “pau mandado” do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por corrupção e formação de quadrilha, preso em Curitiba, tentou impor o nome Luciana Camargo da Silva para assumir a direção administrativa financeira da Nuclep. Além disso, com apoio dos Deputados Glauber Braga, Áureo Ribeiro, Alexandre Vale Cardoso e do ex-prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, quiseram impor na direção comercial da empresa o nome de Luiz Renato de Almeida, ex-fiscal do Ministério do Trabalho de Duque de Caxias.”
Na verdade, o desiderato da presente é retificar as informações inverídicas veiculadas, notadamente no ponto que atribui ao ora notificante a indicação de Luiz Renato de Almeida.
Veja, o ora notificante JAMAIS indicou a pessoa acima citada na matéria, assim como quaisquer outras para assumirem cargos junto a Nuclep, de forma que a notícia veiculada não condiz com a verdade dos fatos, merecendo, portanto, ser imediatamente alvo de retificação, restabelecendo a ordem jurídica.
O notificante, parlamentar federal, não deixará de atuar dentro de suas prerrogativas constitucionais, no sentido de fiscalizar aquilo que é afeto a sua competência. Da mesma forma, não é crível se deparar com uma matéria revestida de inverdades, e não buscar a sua correção imediata.
Portanto, a luz de tudo que foi exposto, serve a presente para notificar o portal www.petronoticias.com.br, com a seguinte finalidade:
a) no prazo de 48 horas, retifique a matéria objeto de questionamento, no sentido de retirar do texto toda e qualquer menção relacionada ao ora notificante como responsável por eventual apoio na indicação de Luiz Renato de Almeida para assumir o cargo de direção comercial da Nuclep, assim como quaisquer outras pessoas..
b) no mesmo prazo contido na alínea “a”, seja veiculado, na mesma matéria, direito de resposta ao ora notificante, com o seguinte teor: “O Deputado Federal Glauber Braga, citado na matéria veiculada, exercendo seu direito de resposta, vem informar e esclarecer que jamais, repita-se, jamais indicou quaisquer pessoas para assumir cargo junto a Nuclep, não tendo participado de jogo político algum com tal finalidade, muito menos em conluio com outras personagens.”
Atenciosamente
Deputado Glauber Braga
Taqui meu nome: MARCOS ALVES DE ANDRADE JUNIOR. Fui eu quem denunciou e não tenho nenhum interesse político. Aliás, de política passo longe. Não há interesse político algum por trás de nenhuma denúncia de assédio. O assédio contra mim foi patrocinado por um Contra-Almirante da Marinha do Brasil, para a infelicidade da corporação. O os motivos não tiveram nada haver com política. Desafio o site, que não tenho dúvidas está recebendo muito para veicular uma notícia falsa dessa, para convocar então, uma coletiva com os tais 15, quem sabe a imprensa tem outro pensamento à respeito.
Ué… já tem uma manifestação da maioria do empregados e do sindicato que repudia a ação. Se a coletiva ouvir só os 15 folgados que não querem trabalhar (e mesmo assim ser remunerado) será iludida como foi o Ministério Público do Trabalho. Palhaçada política visando vagar cargos pra entregar nas mãos dos políticos e tirar gente técnica que está trabalhando de verdade e cobrando que se trabalhe. A definição de assédio está sendo confundida com a devida cobrança de compromisso assumido em contrato de trabalho! Políticos sujos querem os cargos para lotear a empresa… aí sim entram babacas desinformados par… Read more »
Eu trabalho na NUCLEP à 20 anos e nunca vi na minha vida aqui uma coisas dessas. Na época da Dilma isso não acontecia. Fui obrigado a assinar o abaixo assinado contra as 15 vítimas pois fui ameaçado de demissão. Meu chefe nos chamou para uma reunião e nos obrigou a assinar sob pena de demissão ou de isolamento. Meu setor é o de RH, mais precisamente no setor de assistência social. Mas não sou uma das assistentes. Estou sendo constrangido quase todos os dias para assinar um documento contra uma das assistentes sociais. Prefiro ser demitido.