TRANSFERÊNCIA DE RENATO DUQUE PARA CARCERAGEM DA PF ABRE PERSPECTIVAS PARA NOVAS PRISÕES DE POLÍTICOS
A Operação Lava Jato vai chegando perto do seu final a medida que vai encontrando pelo caminho os nomes dos verdadeiros líderes das quadrilhas que roubaram bilhões de reais da Petrobrás. Tudo aponta para os principais caciques políticos de Brasília. Alguns, inclusive, já estão presos e condenados ou indiciados. Mas há ainda outros nomes que podem ser presos arrolados a qualquer momento. Esta suspeita se avoluma depois da informação da transferência do ex-diretor de engenharia e serviços da Petrobrás, Renato Duque. Duque foi transferido na manhã desta quarta-feira (20) para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A transferência pode ser considerada os primeiros passos para que o ex-diretor, que voltou a pleitear um acordo de delação premiada, passe a organizar os fatos que poderá delatar em futuros depoimentos. Investigado por operar propinas bilionárias para o caixa do PT, Renato Duque já foi condenado pelo juiz Sergio Moro em três processos. Para ter sua delação premiada aceita, Duque terá que dizer e confirmar o que os investigadores ainda não sabem. Deverá apontar os líderes principais da quadrilha. Se não, de nada adiantará as informações que trouxer. As penas já anunciadas pelo Juiz Moro à Renato Duque, se somadas, ultrapassam os 60 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Duque já havia tentado negociar um acordo de delação premiada, mas os fatos que apresentou em sua primeira tentativa de acordo foram considerados insuficientes pelos procuradores da Lava Jato.
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