TRANSFORMADORES DE PLÁSTICO CRITICAM REAJUSTE DE PREÇOS PRATICADO PELA BRASKEM
A elevação dos preços domésticos das resinas termoplásticas causou discordâncias entre transformadores plásticos e a Braskem. Os compradores de polietileno, polipropileno e PVC da petroquímica afirmam que houve aumentos em janeiro e fevereiro, com nova rodada já anunciada para o mês que vem. A Braskem diz que segue à risca a política comercial de acompanhar a variação dos preços internacionais e que há defasagem na comparação.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) afirma que a petroquímica aplicou um aumento médio de 6% em janeiro, outro de 8% em fevereiro e anunciado um novo reajuste para março. Já a companhia diz que o aumento nos preços domésticos das resinas em fevereiro, que ficaria entre 3% e 4%, tem objetivo de reduzir a defasagem de 8%, acumulada em 90 dias, em relação os preços internacionais da matéria-prima.
De acordo com o vice-presidente da área de Poliolefinas e Renováveis da Braskem, Luciano Guidolin (foto), as cotações de polietileno, polipropileno e PVC produzidos pela companhia variaram entre decréscimo de 0,5% e aumento de 3,1%, enquanto no mercado internacional a alta foi de até 10%. Segundo ele, ainda não há política de preços anunciada para março.
Segundo o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, a rentabilidade atual dos transformadores de plásticos é em média 30% inferior à da indústria de transformação brasileira em geral. Ele afirma que as empresas do setor querem um preço local competitivo, para não ter de importar matéria-prima. Guidolin defende, no entanto, que não é correta a comparação entre preços de exportação de outros países e valores domésticos praticados no Brasil, sendo mais apropriado comparar os preços internos dentro dos países.
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