TRANSPETRO DEVERÁ SER DIVIDIDA EM DUAS UNIDADES PARA VENDA DE ATIVOS
O bastão foi passado a uma nova diretoria, mas tudo indica que as políticas de venda de ativos continuarão as mesmas na Petrobrás. Sob a liderança de Pedro Parente, a estatal já deu início aos estudos para reestruturação da Transpetro e deverá dividir a subsidiária em duas áreas de negócio para vendê-las ao mercado, dando nova dimensão à linha de desinvestimentos. O processo vem sendo analisado por dois comitês internos, responsáveis por estruturar a oferta de ativos da área naval e de infraestrutura terrestre, que abrange terminais e a malha brasileira de dutos.
Segundo informação da Folha de S.Paulo, a Petrobrás planeja abrir mão do controle da empresa e vem acelerando as mudanças com apoio do presidente interino Michel Temer. A subsidiária integra, junto com BR Distribuidora e Liquigás, a lista dos maiores ativos levados a negociação, e poderá representar um aumento significativo na privatização do setor brasileiro de abastecimento. No total, a empresa é dona de 14 mil km de dutos, além de 49 terminais de armazentamento, carga e descarga de petróleo, gás e derivados.
A preparação para venda, no entanto, deve enfrentar barreiras. Entre elas está o fato de que a Petrobrás detém o controle dos terminais, que foram apenas cedidos à Transpetro. Com isso, a nova gestão deverá reestruturar os ativos para inclui-los no desinvestimento. Ao mesmo tempo, a subsidiária tem dependência direta em relação à estatal, responsável pela demanda de serviços que representam 98% de seu faturamento.
Em 2015, a Transpetro repassou um lucro total de R$ 1,2 bilhão à Petrobrás. Apenas a área de dutos e terminais, por sua vez, foi responsável por 78% da receita operacional da empresa no ano passado, que chegou à marca de R$ 6,5 bilhões.
Os estudos para venda da companhia tiveram início na gestão de Aldemir Bendine, e agora contam com maior aval do governo para serem tocados adiante. A venda, no entanto, é vista de forma negativa por setores do mercado e vem recebendo forte oposição da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), que enxerga nela o enfraquecimento da cadeia brasileira de óleo e gás.
Em entrevista recente ao Petronotícias, o presidente da entidade, Felipe Coutinho, defendeu a integração dos segmentos produtivos nacionais para fortalecer o valor agregado do petróleo. “É essencial preservar a BR Distribuidora, os gasodutos, as termoelétricas, a Transpetro e a Gaspetro. São ativos altamente rentáveis e estratégicos. Não podem ser vendidos em nenhuma condição, muito menos agora com a depreciação dos ativos de toda a indústria mundial.”
é de fato muito importante para o desenvolvimento econômico do país atrair novas empresas para o setor de petróleo seja ela qual for o ramo exploração e produção, transportes dentre outras, mais a Petrobrás se desfazer de bens importantes em um momento como esse é de fato um prejuizo significativo aos cofres da empresa sem sombra de duvida. poderá ter retorno para ela como quitar dividas externas com fornecedores e tal mais o mercado não ta favorável e isso não atrai altos ganhos nesse momento de desvalorização do petróleo