TRANSPETRO RENEGOCIARÁ CONTRATOS DE EMBARCAÇÕES DE SEU PLANO DE RENOVAÇÃO DE FROTA
A subsidiária Transpetro vai renegociar os contratos para renovação de sua frota de embarcações, podendo até mesmo cancelar o pedido de alguns navios, em um momento em que a Petrobrás se empenha em reduzir gastos. A decisão, contudo, afetará fortemente o setor naval, reduzindo o número de trabalhadores neste mercado e prejudicando ainda mais as finanças dos estaleiros contratados para fabricar as embarcações.
O plano de renovação da frota previa a contratação de 47 navios. Até o momento, 14 deles foram entregues. Outras 13 embarcações tiveram os contratos rescindidos. Atualmente, dez navios estão em fase de obras.
A possibilidade de suspensão dos contratos assusta os estaleiros, que já estão seriamente afetados pela crise que assola o setor. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), o segmento naval empregava 72 mil pessoas no ano passado. Este ano, só até março, esse número já havia caído para 49 mil.
Estaleiros como o Eisa Petro-Um, em Niterói (RJ), passam por dificuldade financeiras. A tradicional unidade fluminense, que entrou com pedido de recuperação judicial no ano passado, tem três navios da Transpetro em construção. Já o Estaleiro Atlântico Sul , que finaliza outras três embarcações para a subsidiária, fechou 2015 com um prejuízo de R$ 200,8 milhões.
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