TRÊS MUNICÍPIOS DA COSTA VERDE, SINDICATOS E INSTITUIÇÕES SE UNEM EM PROTESTO PELA RETOMADA DAS OBRAS DE ANGRA 3 | Petronotícias




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TRÊS MUNICÍPIOS DA COSTA VERDE, SINDICATOS E INSTITUIÇÕES SE UNEM EM PROTESTO PELA RETOMADA DAS OBRAS DE ANGRA 3

ccSerá uma segunda-feira(4) de protestos e de solidariedade  na Costa Verde do Rio de Janeiro. A situação econômica gravíssima que a Eletronuclear está cruzando desde as paralisações das obras de construção da Usina Nuclear Angra 3.  As parcelas de 30 milhões de reais que a empresa está obrigada a pagar de juros  pelo empréstimo de 3,6 bilhões  feito junto ao BNDES, está inviabilizando a empresa. Até agora nem o BNDES e nem o governo federal, apesar da ciência do problema, tomaram uma iniciativa efetiva para a solução do problema.  Está um jogo de empurra, em uma posição que seja definitiva. As consequências não são apenas para a empresa, mas para os municípios de Paraty, Rio Claro e Angra dos Reis, mas para as populações de todas essas cidades.

Hoje, a partir das 9h, a Associação dos Empregados da Eletronuclear (ASEN) e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica nos Municípios de Paraty e Angra dos Reis (STIEPAR) organizarão um seminário cujo tema é “Energia não é mercadoria – Energia nuclear é desenvolvimento”. O evento será realizado no Cine Teatro de Praia Brava, na Rodovia Procurador Haroldo Fernandes Duarte, BR 101/RJ, km 521, e está aberto não apenas aos trabalhadores do setor, mas às autoridades de Angra dos Reis, Rio Claro, Paraty e à população. Depois do almoço, haverá um abraço a usina nuclear.

Leonam Guimarães - Presidente da Eletronuclear

Leonam Guimarães – Presidente da Eletronuclear

Durante o evento na última sexta-feira(1) quando foi homenageado pela ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – no Clube Naval, o Presidente da Eletronuclear, Leonam Guimaraes,  que já trabalha no setor há mais de 30 anos, lembrou que quando foi convidado a assumir  a presidência da empresa, disse que “Não serei o coveiro do Programa Nuclear Brasileiro.”  Por suas ações e atitudes, tem dado mostras que realmente está empenhado para encontrar uma solução para o problema. Leonam acredita que ainda em dezembro há possibilidades de se ter uma boa notícia.

Com a Eletronuclear em crise, os municípios da região não estão recebendo as contrapartidas da empresa, através dos convênios

Casé - Prefeito de Paraty

Casé – Prefeito de Paraty

realizados. Se já estavam  às voltas com o desafio de manter as usinas de Angra em funcionamento em 2019, a Eletronuclear ainda enfrenta este  desafio. Paraty foi a primeira cidade a reclamar oficialmente. O prefeito Casé encaminhou ofício ao presidente da República, Michel Temer, queixando-se de que, ao priorizar as despesas de capital, a Eletronuclear pode comprometer projetos nas áreas sociais nos municípios do entorno da Central Nuclear:  “ Ficou evidenciado que esse valor pago pode colocar em risco a saúde da empresa e dos municípios que dependem dos compromissos assumidos por ela, disse o Prefeito de Paraty.  Paraty espera a liberação de R$ 58 milhões para a conclusão de projetos como os do hospital municipal (R$ 15,2 milhões), saneamento básico (R$ 20 milhões) e obras (R$ 9 milhões), entre outros. Sem o dinheiro da empresa de energia, o município não poderá avançar em nenhuma destas frentes de trabalho apenas com recursos próprios.

Angra dos Reis também está contando com o dinheiro da Eletronuclear para seu programa de obras a partir de 2018. Em agosto deste ano, o secretário de Governo da cidade, Marcus Veníssius Barbosa, disse crer que até outubro passado, seriam liberados R$ 28 milhões para obras de infraestrutura. Só que o dinheiro ainda não veio. Sequer foram assinados os convênios. No total, a prefeitura de Angra espera receber mais de R$ 180 milhões da Eletronuclear, dos quais cerca de R$ 45 milhões irão para projetos de saneamento básico.  Rio Claro, o terceiro município que sofre as consequências deste problema,  também espera receber cerca de R$ 18 milhões em projetos de redução do impacto pela construção da usina Angra 3. A obra da nova unidade está paralisada desde 2015.

Veja a programação completa das manifestações:

9:00hs – Abertura – Hino Nacional;

09:10hs – Apresentação do seminário, objetivos, panorama do setor elétrico nacional( Eletrobrás) e da Eletronuclear em particular;

09:20 hs – Palestras com entidades representativas ( Ilumina, Clube de Engenharia, Aben) ;

Nos intervalos, breves pronunciamentos de parlamentares estaduais e federais;

12:00 hs – Pronunciamento dos prefeitos das três cidades;

13:00 hs – Encerramento;

13:00/15:00 hs – Almoço;

15:00 hs – Transporte para a Rodoviária de Itaorna;

15:10hs – Pronunciamento de autoridades locais e representantes dos sindicatos da Eletronuclear;

16:20 hs – Acesso a área protegida;

16:30 hs – Abraço a usina Angra 2 e palavra final dos representantes dos Sindicatos da Eletronuclear-( STIEPAR, SINTEERGIA, SENGE-RJ, SINTEC-RJ, SINAERJ E ASEN_

17:00 HS – Encerramento.

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