TROPAS RUSSAS COMEÇAM A DEIXAR AS INSTALAÇÕES NUCLEARES DE CHERNOBYL DEPOIS DA CHEGADA DE RAFAEL GROSSI NA UCRÂNIA
Foi importante a chegada do Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, na Ucrânia para conhecer de perto a realidade das usinas nucleares do país. As tropas russas que tomaram a central ucraniana de Chernobyl em 24 de fevereiro, já começaram a se retirar da região. A Energoatom, estatal nuclear ucraniana, disse que apenas um “pequeno número” de soldados permanece no território. Depois do anúncio, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que se prepara para enviar uma missão para as instalações de Chernobyl, no Norte da Ucrânia: “A AIEA realiza consultas com autoridades ucranianos sobre o envio da primeira missão de assistência e apoio a Chernobyl nos próximos dias.”
A Energoatom afirmou que duas colunas de forças russas partiram em direção à fronteira bielorrussa. O anúncio confirma os relatos feitos na por funcionários de alto escalão dos Estados Unidos sobre a retirada. Um comunicado da agência ucraniana diz que “ Há evidências de que uma coluna de soldados russos que ocupa a cidade de Slavutitch, onde reside a equipe que trabalha na usina, está se formando para ir para a Bielorrússia.” Em outra mensagem, a Energoatom publicou uma foto de um documento intitulado “Ato de transferência de proteção da usina nuclear de Chernobyl”, assinado hoje (31) por um general russo, apresentado como a oficialização da saída das tropas russas. A agência disse que o lado russo concordou formalmente em devolver à Ucrânia a responsabilidade de proteger a usina.
O ministro da Energia ucraniano, Herman Halushchenko, disse que o ministério estava ciente de que os russos haviam assinado este documento, mas alertou que a situação ainda não estava clara: “Estamos observando o que acontece lá. Até agora não temos a informação de 100% de que eles deixaram a usina.” A AIEA deixou de receber dados diretamente de Chernobyl, desde o dia 9 de março. A ausência de rodízio de funcionários da usina, que só causou preocupações desde a ocupação russa.
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