TUPER APOSTA EM OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA COMO ALTERNATIVA À PARALISIA DO MERCADO BRASILEIRO | Petronotícias




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TUPER APOSTA EM OUTROS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA COMO ALTERNATIVA À PARALISIA DO MERCADO BRASILEIRO

Por Paulo Hora (paulo.hora@petronoticias.com.br) –

DSC_0380Com o momento ruim do mercado brasileiro, a Tuper planeja expandir suas atividades na América Latina. O gerente de óleo e gás da empresa, Luis Silva, espera que haja uma retomada nos investimentos no Brasil a partir de 2016, mas já visualiza boas possibilidades em países como Peru, México e Colômbia nos próximos anos.

Silva diz que a empresa investiu R$ 300 milhões em sua unidade em São Bento do Sul (SC), mas a demanda tem sido bem abaixo do que se esperava para o mercado. Agora, a aposta em outros países da América Latina deve incluir também uma nova filial, com o local ainda por ser definido. Estamos verificando as alternativas e imaginamos que o México possa ser um promissor mercado, assim como o Peru, onde está em curso a construção de um grande gasoduto, a Colômbia, a Bolivia e o Equador, que apresentam projetos de expansão no segmento de óleo e gás“, conta.

Que tipos de tubos a Tuper fabrica?

A Tuper construiu uma fábrica de tubos de aço API 5L para o mercado de óleo e gás e se consolidou como fornecedora para o setor. Nos últimos 2 anos, vendemos algo em torno de 300 quilômetros de tubulação para distribuição de gás para várias companhias do país, como SCGás, Compagás, Gás Natural Fenosa, Sulgás e Comgás.

Também estamos entrando no mercado dos tubos API 5CT, usados nas atividades de exploração e produção, tanto no offshore quanto no onshore. Começamos a participar de processos de  aquisições destes tubos para empresas independentes que exploram poços no Nordeste do pais, como a UTC,  Sonangol, além das aquisições pontuais da Petrobrás, de quem já recebemos o Certificado de Registro e Classificação Cadastral (CRCC) destes tubos.

A Tuper planeja construir novas fábricas?

Não. Nossa fábrica, em São Bento do Sul (SC), já tem uma produtividade muito elevada, com produção de 18 mil toneladas por mês. Com investimentos que passaram de R$ 300 milhões, nossa planta é hoje a mais moderna do país para tubos 5L com diâmetro entre cinco e 13 polegadas no processo de fabricação de tubos soldados HFIW (High Frequency Induction Welding)

Como você avalia o mercado brasileiro para tubos de aço atualmente?

Vivemos um ano ruim. A Petrobrás não está fazendo os investimentos que esperávamos, mas estamos preparados para, a qualquer momento, acompanhar a retomada do crescimento do mercado. Acreditamos que essa retomada acontecerá dos investimentos será gradual e que o cenário não vai ser alterado até 2016. Por termos alta capacidade produtiva instalada, poderemos atender cada vez mais um mercado demandante no tocante a construção de gasodutos e oleodutos. O país hoje vive de picos e pontualidades. Fazemos uma entrega em um mês e depois passamos dois com carteira baixa. Para a fábrica ter uma ocupação aceitável, teríamos que ter, pelo menos, dois projetos por mês. Imaginar isso no Brasil hoje é utopia.

Você considera que a Petrobrás retomará os investimentos em estrutura de distribuição de gás?

Penso que a meta da Petrobrás é focar na Exploração e Produção, para se tornar autossuficiente no tocante a derivados de petróleo, e acho que o negócio de gás não vai receber novos investimentos, com exceção do que estiver associado à exploração de petróleo. A Petrobrás está presente em quase todas as companhias de gás, mas nós imaginamos que algumas delas deverão aumentar seus investimentos em novos gasodutos para atender a demanda por gás no interior dos seus estados. Temos problemas de distribuição e precisamos de mais gasodutos e oleodutos. Já estamos há cinco anos sem projetos substanciais de transporte. 

Para depender menos da Petrobrás, a Tuper planeja se expandir internacionalmente?

Sim, estudamos ter uma participação cada vez maior na América latina. Estamos verificando as alternativas e imaginamos que o México possa ser um promissor mercado, assim como o Peru, onde está em curso a construção de um grande gasoduto, a Colômbia, a Bolívia e o Equador, que apresentam projetos de expansão no segmento de óleo e gás. Esses países têm registrado crescimento econômico muito superior ao do Brasil, que já não atende a nossa expectativa de produção, ficando muito aquém do que imaginávamos. Portanto, projetamos o crescimento da Tuper Óleo e Gás nos próximos anos,  não apenas no Brasil,  mas também em toda a America Latina.

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