UCRÂNIA SOFRE COM FALTA DE ENERGIA APÓS ATAQUES DA RÚSSIA E CRESCE A PREOCUPAÇÃO COM USINA NUCLEAR DE ZAPORIZHZHYA
A infraestrutura de energia da Ucrânia ganha os noticiários na manhã desta terça-feira (18). A capital Kiev e outras regiões do país estão sofrendo cortes no abastecimento de eletricidade e água após novos ataques militares da Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou a declarar que aproximadamente 30% das estações de fornecimento de eletricidade de seu país foram destruídas pelas forças militares da Rússia na última semana.
Na manhã de hoje, durante a nova onda de ataques, várias estações de energia em Kiev foram bombardeadas, causando apagões em massa por todo o país. A operadora DTEK chegou a mencionar que registrou interrupções no abastecimento de energia elétrica e água na margem esquerda da capital Kiev. Até agora, a Ucrânia confirmou ao menos duas mortes causadas pelos ataques.
Diante da escalada no confronto, o mundo volta os olhos novamente para a central nuclear de Zaporizhzhya. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a usina perdeu novamente a conexão com sua última linha de energia operacional de 750 quilovolts na manhã de ontem. Contudo, a planta continua a receber eletricidade da rede por meio de um sistema de backup. Para lembrar, as usinas nucleares precisam de energia para manter ativos os seus diversos sistemas de segurança e proteção.
O operador nuclear nacional da Ucrânia, a Energoatom, disse que o desligamento da linha operacional foi causado pelo bombardeio de uma subestação, que faz parte do sistema de transmissão elétrica da rede, localizada longe da própria usina. Além disso, a Energoatom também declarou que tropas russas teriam sequestrado o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação da usina, Oleg Kostyukov, e o vice-diretor geral Oleg Osheka. Os dois teriam sido levados para “um destino desconhecido“, ainda de acordo com a empresa.
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