UGANDA DÁ LICENÇA PARA A TOTAL ENERGIES COMEÇAR A CONSTRUIR UM OLEODUTO DE US$ 3,5 BILHÕES ATÉ O PORTO DA TANZÂNIA
Uma onda de novos gasodutos está fazendo a África aumentar o seu potencial de produção de gás, tornando-se assim mais um fornecedor para a países da Europa. Agora, Uganda emitiu uma licitação final para uma empresa controlada pela TotalEnergies, autorizando a construção de um novo oleoduto até a Tanzânia, num investimento de US$ 3,5 bilhões. A aprovação final abriu caminho para transportar o petróleo bruto do país para o exterior, através da East African Crude Oil Pipeline Company (EACOP). A TotalEnergies é a maior acionista da EACOP com uma participação de 62%. Outros investidores incluem a estatal Uganda National Oil Company e a Tanzania Petroleum Development, que têm 15% cada, enquanto a chinesa CNOOC detém 8%.
A TotalEnergies e a CNOOC assinaram um acordo de US$ 10 bilhões no início deste ano para desenvolver os campos petrolíferos de Uganda e enviar o petróleo através de um oleoduto de 1.445 quilômetros para o porto de Tanga, no Oceano Índico, na Tanzânia. O projeto, que inclui a perfuração em Murchison Falls, o maior parque nacional de Uganda, enfrentou forte oposição de ativistas e grupos ambientalistas que dizem que ele ameaça o frágil ecossistema da região e os meios de subsistência de dezenas de milhares de pessoas.
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, prometeu prosseguir com o projeto independentemente da resolução da União Europeia, alertando que o governo procuraria outros parceiros caso a TotalEnergies optasse por “ouvir o Parlamento da UE”. O projeto visa extrair as enormes reservas de petróleo sob o Lago Albert, uma fronteira natural de 160 quilômetros entre Uganda e a República Democrática do Congo, e transportar o petróleo através do que se tornaria o oleoduto aquecido mais longo do mundo. No passado, Museveni saudou o projeto como um grande impulso econômico para o país sem litoral, onde muitos vivem na pobreza.
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