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UKTI VAI PROMOVER RODADA DE NEGÓCIOS COM EMPRESAS BRASILEIRAS NA FEIRA DE ABERDEEN

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –

Matt Woods-tarjaTrazer empresas britânicas para o Brasil e levar empresas nacionais para o Reino Unido. Esta é a principal função da United Kingdom Trade & Investment (UKTI), que terá uma ótima oportunidade para aproximar membros dos setores de óleo e gás brasileiro e europeu durante a SPE Offshore Europe 2015, que será realizada entre os dias 8 e 11 de setembro, na cidade de Aberdeen, na Escócia. A agência já está se movimentando para organizar o Brazil Day, evento para representantes de federações, empresas e órgãos governamentais concomitante à feira, incluindo uma rodada de negócios. O Itamaraty, a Confederação Nacional de Indústria (CNI) e a Apex-Brasil são parceiros no encontro de brasileiros. Segundo o cônsul-geral adjunto e diretor do UKTI no Rio de Janeiro, Matt Woods, a presença de empresas britânicas no Brasil já é um fato consolidado. Somente no setor de óleo e gás, mais de 200 companhias estão no mercado nacional, desde gigantes do setor de exploração, como a BP, a BG e a anglo-holandesa Shell, até empresas de pequeno, médio e grande porte. Um movimento na direção contrária também vem sendo percebido, com 13 empresas brasileiras tendo estabelecido sua base no Reino Unido em 2014, colaborando para o recorde alcançado no último ano: £1 trilhão em Investimento Estrangeiro Direto (IED), incluindo todos os países que investiram lá, colocando o Reino Unido como o maior destino de investimentos estrangeiros na Europa. Além disso, a crise econômica que o Brasil vive não assusta os investidores que vêm de lá, de acordo com o diplomata:É preciso lembrar que as empresas britânicas não chegaram ontem e não irão embora amanhã. É impossível ignorar o Brasil se você quer ser relevante no segmento de óleo e gás“.

Quais as expectativas com a SPE Offshore Europe 2015?

As melhores possíveis. Mesmo em um momento difícil da indústria, teremos 1.500 expositores, cerca de 60 mil visitantes, de 100 países diferentes. É uma feira muito grande, a maior da Europa no setor. Cerca de 40 empresas brasileiras mandarão representantes para o evento e estamos organizando junto ao Itamaraty, a Confederação Nacional de Indústria (CNI) e a Apex-Brasil o Brazil Day, para destacar o mercado nacional. Nessa data, será realizada uma recepção e uma rodada de negócios.

A crise brasileira está diminuindo o interesse de companhias britânicas pelo mercado de óleo e gás daqui?

É preciso lembrar que as empresas britânicas não chegaram ontem ao Brasil e não irão embora amanhã. Nós temos gigantes atuando no Brasil, como Shell, BG e BP, mas diversas empresas britânicas de menor porte também estão na cadeia de óleo e gás. Ao todo, são mais de 200 empresas britânicas nos setores de óleo e gás e naval brasileiros. Esse segmento está sim vivendo um momento difícil, mas não só localmente. Se fizermos uma avaliação do Brasil como uma foto, parando o momento em que estamos, a avaliação pode ser ruim. No entanto, se olharmos um filme do Brasil, com tudo o que foi feito, podemos ver que ainda existem diversas oportunidades a serem exploradas. Posso afirmar que as empresas britânicas continuam tendo interesse em investir no Brasil, pois continuamos recebendo pedidos de informação de mercado constantemente. É impossível ignorar o Brasil se você quer ser relevante no segmento de óleo e gás.

Como o senhor vê o atual momento econômico brasileiro?

É um momento difícil, mas o governo está fazendo um esforço muito grande para reverter a situação. Diversas questões globais estão contribuindo para essa fase. Parece que o Brasil está implementando políticas que vão dar certo no médio prazo. No curto prazo, no entanto, a perspectiva é que continue difícil. O preço do barril do petróleo está bastante baixo, o que atrapalha muito o Brasil. O país tem muito a oferecer, desde seus recursos naturais abundantes até mão de obra especializada, por exemplo. Se pararmos para analisar o número de PhDs do Rio de Janeiro, veremos uma taxa muito grande, acima até de algumas capitais europeias, e isso é só um exemplo pontual da qualidade dos profissionais brasileiros. Acredito que o Brasil irá passar por esse momento conturbado, produzindo petróleo, mas ainda temos que saber quando e como será essa exploração.

A presença de empresas brasileiras no Reino Unido vem crescendo. Como o senhor vê isso?

O Reino Unido é o destino número 1 em investimento estrangeiro direto. Lá, há uma força de trabalho bastante qualificada, é um centro financeiro consolidado, por isso é usado muitas vezes como porta de entrada para o mercado europeu. As empresas brasileiras têm buscado ir para este mercado devido a questões internas, como o crescimento do país, que já não atinge as mesmas marcas que costumava atingir. Por isso, muitas empresas estão diversificando mercados, procurando oportunidades e encontram no Reino Unido as condições adequadas para essa expansão internacional.

Em outubro teremos a 13ª Rodada. A expectativa das empresas britânicas é alta?

A 13ª rodada é muito boa para o país. Este é um momento importante para a indústria, com o leilão servindo para impulsionar o mercado. Nessa edição, teremos blocos muito atrativos. Com certeza as empresas britânicas estão com o radar atento a essas oportunidades, mas não posso divulgar nomes de quais participarão.

O consulado britânico e a ANP firmaram um acordo para a regulamentação do gás não convencional um ano atrás. Como foi essa parceria?

O gás não convencional já é regulado no Reino Unido, portanto, nos propusemos a trabalhar em conjunto com a ANP para que esta modalidade de exploração também se torne regular no Brasil. Isso seria importante para empresas britânicas, que já contam com bastante know-how na área. A questão principal é que o gás não convencional encontra muitas dificuldades técnicas e ambientais, além dos problemas com o público em geral.

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