UM DIA DEPOIS DE DIZER AO MINISTRO LOBÃO QUE ESTAVA TUDO BEM, CHEVRON ANUNCIA NOVO VAZAMENTO NO MAR

Um dia depois do presidente da Chevron para África e América latina,  Ali Moshiri ter estado com o Ministro Edson Lobão para defender a empresa e dizer que está fazendo tudo o que a ANP recomenda, a própria empresa anunciou que há um novo vazamento no Campo de Frade. O anúncio foi feito através do diretor de Assuntos Corporativos, Rafael Jaen. Como o vazamento aconteceu no dia 4 de março, não se compreende  as declarações do presidente internacional da empresa, já que  disse estar tudo bem. Ou mentiu ou não sabia o que estava acontecendo.  Ainda não se sabe se a  Agência Nacional do Petróleo  foi informada do problema desde a sua origem.  A mancha do vazamento foi identificada a três quilômetros de onde ocorreu o derrame de 240 mil barris de petróleo na Bacia de Campos.  Na última terça-feira, a companhia identificou uma fissura na formação geológica. A fissura tem cerca de 800 metros de comprimento. A Chevron instalou um sistema para captar as bolhas de óleo que vazaram para evitar que a mancha subisse para a superfície.  Jaen informou que a empresa suspendeu temporariamente as operações de produção no Campo Frade, na Bacia de Campos. A decisão, segundo ele, foi tomada por precaução e já foi protocolada nos órgãos reguladores brasileiros. A ANP disse, contudo, que a empresa ainda precisa apresentar justificativas técnicas para interromper sua produção. De acordo com a agência, uma parada precisa de autorização do órgão. Segundo Jaen, a Chevron está trabalhando na investigação da causa do novo vazamento.  Técnicos do Ibama e da ANP analisam se o novo vazamento tem alguma ligação com o derramamento de novembro passado. A Chevron Brasil confirmou ter identificado uma “pequena mancha e uma nova fonte de afloramento” de óleo, durante o monitoramento do Campo Frade, operado pela petroleira na Bacia de Campos. A fissura era até então desconhecida. Segundo a companhia, dispositivos de contenção foram imediatamente instalados para coletar o que a empresa classificou como gotas, pouco frequentes.