UM GRAVE INCIDENTE COM UM SUBMARINO NUCLEAR BRITÂNICO NO ATLÂNTICO POR POUCO NÃO ACABA EM TRAGÉDIA | Petronotícias




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UM GRAVE INCIDENTE COM UM SUBMARINO NUCLEAR BRITÂNICO NO ATLÂNTICO POR POUCO NÃO ACABA EM TRAGÉDIA

submarnoUfa! Foi um susto daqueles de tirar o fôlego. Um submarino nuclear da Marinha Real, equipado com mísseis nucleares Trident, sofreu um grave problema de funcionamento  manômetro de profundidade o que provocou  um mergulho sem fim, levando o navio a uma profundidade indesejada, embora os instrumentos estivessem mostrando que a  embarcação estivesse em uma profundidade mais rasa. Mas, momentos antes de a tripulação ser esmagada pela pressão do mar, os maquinistas descobriram a falha através de um segundo medidor,  avisando ao seu comandante. O submarino é da classe Vanguard e transportava 140 tripulantes e estava realizando uma missão no Atlântico.  A informação é de que a tripulação ficou confusa e ficou bastante agitada, apesar do treinamento intenso a que são submetidos em testes. Felizmente, os chefes de máquinas que conseguiram impedir que o submarino e o seu reator nuclear afundassem provocando um  desastre. O navio submarino nuclear  transportava mísseis Trident 2, estava em patrulha quando os indicadores de profundidade pararam de funcionar, com a sua tripulação acreditando falsamente que o sistema automático de controle de profundidade estava buscando  a profundidade ordenada pelo Comandante   quando, na verdade, estava mergulhando mais fundo no oceano. A informação foi publicada pelo jornal inglês The Sun: “Não é trabalho dos chefes de máquinas controlar a profundidade do submarino, mas eles viram o quão profundo eles estavam e perceberam que algo estava errado”, disse uma fonte ao jornal.

Outra publicação, desta vez especializada, o Military Today , disse que “Tecnicamente, o submarino ainda estava em uma profundidade onde sabemos quesalas pode operar, mas se algum dia tiver que ir tão fundo, toda a tripulação teria guarnecido com antecedências as  estações de combate e  isso não teria acontecido. O submarino não deveria estar lá e ainda estava mergulhando. E se tivesse continuado, não vale a pena pensar nisso. Embora não se saiba a profundidade atingida pelo submarino, a profundidade operacional máxima deste tipo de embarcação ronda os 500 metros. O incidente levou a uma investigação imediata, disseram  as fontes ao jornal, acrescentando que não afetou a dissuasão nuclear do Reino Unido. Embora não sei saiba em qual  submarino ocorreu o acidente.  Os quatro submarinos  dessa classe são  o  HMS Vanguard, Vengeance, Victorious e Vigilant.  Eles deslocam 15.900 toneladas quando submersos e têm mais de 149 metros de comprimento.  No entanto, apenas dois deles estão em operação atualmente.  Uma está  sendo modernizado  e  outro está sendo submetido a testes de mar.

novelinoO Comandante Francisco Novellino, oficial submarinista brasileiro, com vasta experiência em submarinos convencionais britânicos da Classe Oberon e editor do Blog Mar & Defesa (maredefesa.com.br)  escreveu ao Petronotícias, dando a sua visão pela experiência adquirida em submarinos:   “Por ocasião do projeto, há que ter cuidado  na confiança excessiva na digitalização e automação; deve haver redundância nos sistemas e, independente do estado da arte, previsão de sistemas analógicos  de pouca complexidade, para o caso de emergências. Dessa forma, é bastante provável que a Classe Vanguard possua manômetros de profundidade analógicos  nas estações de controle remoto e, talvez, no próprio compartimento de manobra. Não se conhece ainda em que situação se encontrava o submarino em termos de flutuabilidade e regime de máquinas. Se a avaria nos instrumentos ocorreu com o submarino adequadamente “trimado” ( flutuabilidade próxima de neutra) e com baixa velocidade  (regime de máquinas em condições de patrulha),  um bom chefe de máquinas perceberia algo errado, quando o controle automático buscasse uma cota mais profunda, posicionando o navio com uma inclinação de casco considerável e constante. Pode ser até que o próprio Chefe de Máquinas ou o oficial de manobra tenham determinado o pessoal da estação remota conferir o analógico confirmando assim que o submarino se encontrava em profundidade muito além da desejada.””

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