UM VOO DE REPATRIAÇÃO DEVE TRAZER UMA CARGA DE INSUMOS EMERGENCIAIS PARA PRODUÇÃO DE FÁRMACOS CONTRA O CÂNCER
Uma carga emergencial de Molibidênio-99 e Iodo 131 deve embarcar nas próximas horas da África do Sul em direção ao Brasil. A carga deverá chegar no Aeroporto de Viracopos em Campinas. Uma outra carga também emergencial também virá da Holanda, mas ainda não se sabe a quantidade. Esses insumos são fundamentais para produção de radiofármacos usados pela medicina nuclear para o tratamento de pacientes que sofrem câncer. O Brasil também recebe esses insumos da Rússia, que detém 50 % do mercado brasileiro. Ao que se sabe está vindo da África do Sul em torno de 178 CI de Molibidênio 99 e 50 CI de Iodo 131. Da Holanda, não temos uma informação precisa para passar.
Com esta carga emergencial vinda da África do Sul, já que é um voo de repatriação e não especificamente de cargas, a produção não dá para atender as necessidades do mercado nem por uma semana. Ainda mais com a demanda represada. Foi sorte ter esse voo de repatriação, porque os voos da Rússia estão impedidos de deixar o país pelos próximos 28 dias, desde que o governo russo deu esta determinação. O país esta fechado para voos.
Para lembrar, as dificuldades logísticas com as suspensões dos voos vindos da Rússia, Holanda e da África do Sul para o Brasil obrigaram o IPEN – Instituto de Pesquisa de Energia Nuclear -, em São Paulo, a suspender a produção de radioisótopos usados na medicina nuclear para a identificação e o tratamento do câncer. Com isso, milhares de pessoas que dependem desses radiofármacos não podem receber o tratamento adequado ou ter um diagnóstico mais preciso. A matéria-prima para a produção do gerador de tecnécio-99m, o Molibdênio-99, é importada desses países que já impuseram restrição de voos. Assim, o IPEN não está recebendo a matéria-prima e não tem como produzi-lo. Acrescente-se aí que o IPEN também anunciou a impossibilidade de fornecimento do Iodo-131, usado, principalmente, na detecção e tratamento do câncer de tireoide.
Como as restrições da logística global tendem a se estender pelas próximos semanas, a Medicina Nuclear precisa urgentemente de uma alternativa. É preciso que as empresas de insumos nacionais sejam autorizadas pela ANVISA a importar os geradores de tecnécio-99m. E que haja agilidade nas decisões para este fim. Neste particular, o gerador de Tecnécio é fundamental. É um dispositivo a partir do qual pode-se retirar o radioisótopo tecnécio-99m proveniente do decaimento radioativo do radioisótopo molibdênio-99. Os Radiofármacos marcados com tecnécio-99m são os principais agentes para diagnósticos utilizados nas clínicas de medicina nuclear, em função de uma série de características físicas do radionuclídeo e pela praticidade dos radiofármacos serem preparados no local de uso.
[…] brasileira de insumos básicos para a produção de radiofármacos, o IPEN deixou de produzi-los. Como o Petronotícias informou esta semana em primeira mão, foi conseguida uma carga emergencial de Molibidênio-99 e Iodo 131 vinda da África do Sul. Uma […]
[…] brasileira de insumos básicos para a produção de radiofármacos, o IPEN deixou de produzi-los. Como o Petronotícias informou esta semana em primeira mão, foi conseguida uma carga emergencial de Molibidênio-99 e Iodo 131 vinda da África do Sul. Uma […]