UNIÃO EUROPEIA APROVA EMBARGO AO PETRÓLEO DO IRÃ
A União Européia aprovou um embargo ao petróleo do Irã, em medida extrema adotada para pressionar o país a deixar de lado seu programa nuclear, por suspeitas de que há desenvolvimento de armas no projeto. A decisão prevê que haja uma interdição imediata de novos contratos e uma fase de transição dos contratos em andamento até o dia 1° de julho.
Hoje se estima que 6% do petróleo produzido, e 20% do exportado, pelo país seja vendido a países da União Europeia, sendo a maioria restante vendida a países asiáticos. A substituição dos contratos deve ser feita por países produtores do Golfo Pérsico.
Em resposta ao embargo, um deputado iraniano afirmou mais uma vez que o país pode fechar o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um terço do petróleo do Oriente Médio.
A Espanha é um dos países que mais dependem do petróleo iraniano, tendo um quinto de seu consumo abastecido pelo país. O ministro das relações exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, afirmou à imprensa espanhola após a assinatura do embargo que pretendem se sacrificar ainda mais pela segurança e pela integração da União Europeia.
Apesar de o Brasil não estar envolvido na decisão, o país deve sofrer as conseqüências do embargo, que vai atingir o preço do barril de petróleo no mundo todo. Hoje o país não é um grande importador do Irã, tendo importado apenas US$ 123 milhões em 2010. O petróleo não está na lista dos produtos importados, porém o gás natural (US$ 74 milhões) e os plásticos (US$ 36 milhões) constam na parceria comercial, mesmo que em quantidades pouco relevantes.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se nega a liberar a avaliação de seu programa nuclear e afirma que as suspeitas de armas são frutos de questões políticas.
Deixe seu comentário