UNIÃO EUROPÉIA PREVÊ SANÇÕES GRAVES CONTRA A ARGENTINA PELA NACIONALIZAÇÃO DA YPF
O governo e a imprensa espanhola regiram duramente a atitude intempestiva do governo argentino em nacionalizar a YPF, empresa que pertecia a petroleira espanhola Repsol. A União Europeia anunciou hoje que apoia totalmente a posição da Espanha no questionamento da decisão do governo argentino. “A Espanha tem nosso total apoio nessa questão”, afirmou a porta-voz da UE, Catherine Ashton. A expropriação envia um sinal negativo aos investidores internacionais e poderá prejudicar seriamente o ambiente para negócios na Argentina”, criticou Ashton em comunicado ao Parlamento Europeu. “ Ashton anunciou que o assunto foi incluído na agenda da reunião de cúpula dos ministros de Relações Exteriores da UE, que ocorrerá em Luxemburgo na próxima segunda-feira, 23. A porta-voz da UE disse que ficou “alarmada” ao observar que a presidente Cristina Kirchner também se referiu a possíveis medidas adicionais contra empresas de telecomunicações e do setor bancário “Esse anúncio se soma a uma série de decisões problemáticas tomadas pela Argentina nos últimos anos relacionadas com restrições às importações e política de investimentos. O governo da Argentina deve garantir que irá cumprir com seus compromissos internacionais no tratamento e proteção dos investimentos originados na União Europeia”, disse a representante da União Européia. A atual diretoria da petrolífera YPF já foi dissolvida e o comando já está nas mãos do governo argentino. O ministro do Planejamento, Julio De Vido, assumiu o cargo de interventor da YPF junto com o secretário de Política Econômica e vice-ministro de Economia, Axel Kicillof. As nomeações foram feitas por Medida Provisória, denominada Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), assinada pela presidente. Uma crítica que o governo vinha fazendo é a de que a empresa havia reduzido seus investimentos no país. A Repsol rechaça as críticas, diz que pretende investir US$ 3,4 bilhões no país neste ano e pediu pelo prosseguimento das negociações. O governo argentino anunciou que o Tribunal de Contas local irá definir o valor dos ativos da YPF que serão expropriados, e que o projeto ainda prevê que novas transferências do capital da empresa só serão permitidas mediante autorização de dois terços do Congresso.
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