UNIDADE 1 DA USINA NUCLEAR THREE MILE ISLAND SERÁ REATIVADA PARA ABASTECER A MICROSOFT
A unidade 1 da usina nuclear de Three Mile Island (TMI), na Pensilvânia, nos Estados Unidos, será reativada após um acordo entre o grupo de energia americano Constellation e a gigante Microsoft. A planta, com capacidade de 837 MWe, foi comprada em 1999 pela Constellation e desativada em 2019 por razões econômicas. A planta será renomeada como Crane Clean Energy Centre, em homenagem a Chris Crane, ex-CEO da empresa-mãe da Constellation, que faleceu em abril. O objetivo é que a usina volte a operar em 2028. A Constellation pretende operá-la por décadas, criando 3.400 empregos diretos e indiretos e gerando mais de US$ 3 bilhões em impostos estaduais e federais.
Com o novo acordo com a Microsoft, a Constellation diz que “investimentos significativos serão feitos para restaurar” a Unidade 1, “incluindo a turbina, o gerador, o transformador principal de energia e os sistemas de resfriamento e controle”. A reativação do reator nuclear requer aprovação da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, após uma análise completa de segurança e meio ambiente, além de licenças de agências estaduais e locais. Adicionalmente, a Constellation planeja solicitar a renovação da licença de operação da usina, estendendo sua operação até pelo menos 2054.
A Unidade 1 está localizada ao lado da Unidade 2 da TMI, que foi desativada em 1979 após um acidente que causou sérios danos ao núcleo do reator. A Unidade 2 está atualmente em processo de descomissionamento pela empresa proprietária, Energy Solutions.
“Este acordo é um marco importante nos esforços da Microsoft para ajudar a descarbonizar a rede elétrica em apoio ao nosso compromisso de se tornar carbono negativo. A Microsoft continua a colaborar com fornecedores de energia para desenvolver fontes de energia livres de carbono, ajudando a atender às necessidades de capacidade e confiabilidade da rede”, disse o vice-presidente de energia da Microsoft, Bobby Hollis.
Já o presidente e CEO da Constellation, Joe Dominguez, afirmou que indústrias críticas para a competitividade global e tecnológica dos EUA, incluindo centros de dados, exigem uma abundância de energia livre de carbono e confiável 24 horas por dia, e as usinas nucleares são as únicas fontes de energia que podem entregar consistentemente essa promessa. “Antes de ser fechada prematuramente, essa usina estava entre as mais seguras e confiáveis da rede, e estamos ansiosos para trazê-la de volta com um novo nome e uma nova missão de servir como um motor econômico para a Pensilvânia”, afirmou.
O anúncio da reativação coloca essa unidade na posição de ser a segunda nos EUA – e no mundo – a retornar à operação após ter sido fechada para descomissionamento. A Holtec International está atualmente trabalhando para reativar a usina de um único reator de água pressurizada Palisades, em Michigan, que foi fechada em 2022, com planos de reiniciar a planta até o final de 2025.
A unidade 1 de TMI já operou por 50 anos, tendo sucumbido ao competir com o gás. Agora volta à vida, o gás encareceu e emite, enquanto a legislação americana agora remunera a geração nuclear limpa. Vai voltar a integrar a frota com cerca de 90 unidades nucleares em operação. Poderá exceder 100 anos de produção com fator de capacidade muito próximo de 90%. A unidade irá acordar com um custo de 1,6 bilhão de dólares e três anos de trabalho. Equipamentos elétricos, equipamentos rotativos, instrumentação serão trocados ou revisados. A alma da usina, o reator e suas tubulações de… Read more »
Em valores aproximados e considerando a correlação de um pra um entre geração elétrica e crescimento de PIB, nos parâmetros atuais do país, uma nova usina nuclear de 1000 MWe estaria associada a um aumento de 1% de PIB, a um custo de 5 bilhões de dólares overnight. Um por cento de aumento de PIB significa 20 bilhões de dólares do nosso PIB atual. Nada mal. Os americanos operam hoje 93 usinas nucleares, a França 56, a China 55 a Rússia 37, a Coreia do Sul 26, etc. Entende-se porquê. Não nos esqueçamos, vida útil aproximada entre 80 e 100… Read more »
Bill Gates está ressuscitando TMI 1.
TMI 2, a unidade da central que fundiu o combustível por um curto intervalo de tempo, está sendo descomissionada no momento. De fato, os componentes, sistemas e estruturas da usina não tiveram seus limites excedidos, exceto a temperatura do combustível. Temperatura do combustível, não do vaso de pressão do reator e outras partes do sistema primário. O envoltório de contenção se contaminou, bastante, mas depois de 45 anos já decaiu significativamente e já foi bastante limpo. Os impactos principais foram econômico, político e opinião pública. Tecnicamente foram limitados. TMI 1 e 2 têm proprietários diferentes. TMI 1 está sendo reativada… Read more »
Talvez a decisão sobre TMI 2 possa ser revista. Manter a família viva e unida.
Com uma ou duas excessões, toda a frota americana de 92 usinas nucleares já opera há mais de 50 anos. O desempenho conjunto sinaliza para um fator de capacidade médio acima de 90% life time. Os fatos sustentam a hipótese de operação por 80 ou mais anos. E foram usinas que não tinham em suas bases de projeto operar por tal período. Ficaram melhor do que o projeto. Usinas modernas são projetada para estes período, com facilidades para isto, tal como a previsão de substituições de componentes demandando menos esforço, além de materiais otimizados para longas campanhas.
O acidente de TMI 2 em 1979 não causou fatalidades ou liberou radiação para causar qualquer efeito no meio ambiente ou em seres humanos ou animais. Para não ser econômico com a verdade, houve uma morte, causada por acidente de trânsito durante as atividades de evacuação da cidade próxima. E a evacuação foi tomada com base em informações erradas. Mandou-se o helicóptero analisar o ar saindo da chaminé da usina acidentada, e a tripulação analisou erradamente o ar da cidade. Com base nos resultados tomou-se decisão de evacuar. Desde então as práticas e procedimentos para a gestão de acidentes foram… Read more »