UNIDADES DA REFINARIA DE PASADENA VOLTARÃO A OPERAR APÓS REPAROS PARA MANUTENÇÃO

Após reparos para manutenção, a controversa refinaria de Pasadena, no Texas, irá retomar as atividades de determinadas unidades, de acordo com um documento entregue pela Petrobrás para a Comissão do Texas em Qualidade Ambiental. No relatório, são apontadas como fontes de emissões a unidade de craqueamento catalítico fluido e a unidade de recuperação de enxofre.

Em 2006, a Petrobrás adquiriu 50% das ações da refinaria de Pasadena por US$ 360 milhões – US$ 190 milhões pelas ações e US$ 170 milhões pelo seu petróleo – junto a Astra Oil, que havia comprado a refinaria no ano anterior por US$ 42,5 milhões. Em 2008, as companhias se desentenderam, então a companhia belga se utilizou de uma cláusula do contrato que determinava, em caso de briga entre os sócios, que a outra parte fosse obrigada a ficar com todas as ações. A Petrobrás, em 2012, foi forçada judicialmente a comprar por US$ 820,5 milhões a metade restante dos ativos da refinaria.

A compra da refinaria é hoje alvo de investigações pela Justiça. A presidente Dilma Roussef afirma que só aprovou a compra porque um resumo técnico “falho” e “incompleto” foi apresentado na reunião do Conselho de Administração que aprovou a compra. A elaboração do documento era de responsabilidade do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, que teria deixado de fora um relatório de uma consultoria externa que deu parecer contrário à compra da refinaria.